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Prémio Alfredo da Silva/COTEC distingue projeto da Católica que pretende desenvolver substituto de pele humana inovador

Prémio Alfredo da Silva/COTEC distingue projeto da Católica que pretende desenvolver substituto de pele humana inovador

O projeto ReSkin, que visa desenvolver um novo substituto de pele humana possa fazer face à sua escassez nas unidades de queimados por falta de dadores ou ao elevado risco de rejeição devido à resposta imune do paciente, foi distinguido com o Prémio Alfredo da Silva/COTEC “Inovação Tecnológica, Mobilidade e Indústria”.

Este projeto será desenvolvido por uma equipa de investigadores do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, em parceria com a empresa Cortadoria Nacional, e com o apoio do Hospital São João e a CUF.

O ReSkin tem como objetivo utilizar a pele de coelho para o desenvolvimento de uma matriz descelularizada, ou seja, um biomaterial biológico altamente preservado e funcional, e com menor necessidade de imunossupressores quando implantado”, explica Ana Leite Oliveira, investigadora do Centro de Biotecnologia e Química Fina da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa (CBQF/ESB/UCP), acrescentando “este é um objetivo ambicioso, que ainda não foi totalmente endereçado pela comunidade científica e que queremos atingir com este projeto.” Para este efeito, ao longo de 24 meses, a equipa de investigadores vai “desenvolver um método minimamente agressivo, que esterilize e remova eficazmente o material imunogénico sem danificar as suas propriedades nem a sua bioatividade.

Pretendemos desenvolver um produto de alto valor acrescentado na área do dispositivo médico e contribuir para a economia circular, uma vez que o ReSkin poderá permitir a valorização das mais de 5 toneladas de pele de coelho produzidas pela empresa de curtumes Cortadoria Nacional,” refere a investigadora. Os testes de viabilidade preliminares permitiram “validar as caraterísticas da pele de coelho como substituto viável de pele humana, tanto em termos anatómicos e morfológicos, como relativamente às propriedades mecânicas, espessura e composição, e de facto existe muita proximidade.

Estando o mercado dos aloenxertos em expansão e face aos produtos existentes, os resultados do ReSkin podem traduzir-se em vantagens significativas ao nível da economia circular e da resposta a um desafio premente com elevado impacto social e económico.

A cerimónia dos Prémios Alfredo da Silva, onde foi atribuída uma Bolsa de Investigação ao projeto ReSkin, da investigadora Ana Leite Oliveira, teve lugar no dia 30 de junho, na Fundação de Serralves, no Porto.

Os Prémios Alfredo da Silva são uma iniciativa da Fundação Amélia de Mello e visam reconhecer e apoiar projetos de investigação científica e tecnológica de excelência, com o objetivo de impulsionar o progresso e o desenvolvimento social e económico. As Bolsas de Investigação são concedidas anualmente a investigadores de destaque em diversas áreas do conhecimento.

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