No seguimento da subida de 50 pontos base anunciada hoje pelo BCE, Miguel Cabrita, responsável pelo idealista/créditohabitação Portugal, explica que "há várias semanas que o mercado intuía a subida que aconteceu hoje na reunião presidida pela Christine Lagarde.
O anúncio de novos aumentos nas próximas reuniões são esclarecedores, o que pode afetar ainda mais a economia de muitas famílias com créditos habitação de taxa variável nos próximos meses. É possível que no primeiro semestre deste ano os juros atinjam, ou até mesmo, possam ultrapassar os 4%, impulsionados por uma inflação subjacente que não permite ser demasiado otimista.
Apesar de, ao contrário de outros países, muitas entidades bancárias em Portugal serem mais relutantes a conceder novos empréstimos com taxas mistas/fixas ou, então, oferecerem-nos a taxas muito elevadas, este tipo de crédito habitação tem sido cada vez mais frequente entre as novas escrituras. Desde o início da escalada dos juros em julho, a taxa mista surge como uma fórmula escolhida pelas famílias para obter financiamentos com preços mais baixos e estáveis por um período inicial de anos, de forma a se protegerem da incerteza atual.”