Ao longo de mais de 4 décadas o SNS tem enfrentado desafios que decorrem da evolução da medicina, da investigação, da dinâmica das populações e das alterações demográficas, do aumento da taxa de envelhecimento, do aumento das comorbilidades, das alterações climáticas, etc.  

E, tem enfrentado outros que decorrem da falta de investimento, da suborçamentação, da carência de recursos humanos e da sua não valorização, etc.

Estes últimos decorrem das opções políticas dos sucessivos governos.

Existem alguns que propalam negativamente a defesa do SNS por outros, afirmando que é uma questão ideológica.

A pandemia demonstrou que a defesa do SNS não é uma questão ideológica e que apesar das opções por parte dos governos de o colocar em causa pela já referida suborçamentação, é ao SNS que os portugueses, prioritariamente recorrem ou gostariam de recorrer.

A recente publicação da Nova Lei de Bases da Saúde fez emergir o fervor, esse sim, ideológico contra o Serviço Público de Saúde.

Ao Governo exige-se que mantenha a continuidade política que encerra a Lei de Bases da Saúde e que a nova Direcção Executiva do SNS o seja efectivamente, colocando no mesmo patamar de importância e de financiamento os Cuidados de Saúde Primários comparativamente aos Hospitalares.