A democracia ganhava em reconhecer os que ficaram fora do Panteão
Correio de Lagos
28/07/2025
Há ausências que pesam mais do que presenças. No silêncio de certos túmulos, ou na sua ausência, ouve-se o eco da ingratidão de um país para com os seus. O Panteão Nacional, esse altar civil da memória portuguesa, acolhe alguns dos nossos grandes. Mas ignora ainda aqueles que, em momentos decisivos, deram tudo à pátria e quase nada pediram em troca. Não estão lá. Não porque lhes falte mérito. Mas talvez porque, entre nós, a memória nem sempre coincide com a justiça.