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AHETA: Medidas de apoio à Economia «são pouco ambiciosas e não garantem a recapitalização das empresas»

AHETA: Medidas de apoio à Economia «são pouco ambiciosas e não garantem a recapitalização das empresas»

Para a AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turisticos Do Algarve, em termos gerais, as medidas agora anunciadas «sabem a pouco, tendo sido tomadas na perspectiva de uma retoma progressiva da Economia que, no caso do Turismo, ainda não aconteceu».

Segundo a associação, «as empresas hoteleiras algarvias enfrentam uma gestão deficitária desde o final do mês de Outubro de 2019», o que conduziu à sua descapitalização. As previsões para o próximo Verão não permitem arrecadar receitas suficientes para suportar os elevados custos fixos dos empreendimentos turísticos regionais durante a próxima época baixa.

A AHETA lamenta, também, que a reabertura dos campos de Golfe não tenha sido considerada, desde logo, uma vez que «estas importantes estruturas de animação turística, pela sua natureza, cumprem todas as regras de segurança».

Na óptica do núcleo, acresce que, no final do Verão, «as empresas irão enfrentar mais uma estação baixa, cuja gestão é deficitária, enquanto a previsível retoma a partir da Páscoa do próximo ano será gradual e muito lenta», enquanto que a retoma para níveis semelhantes a anos anteriores «só é previsível a partir da época turística de 2022, pelo que as moratórias fiscais e financeiras devem ser prorrogadas até Setembro do próximo ano, já que as empresas não irão gerar “cash flow” suficiente para suportar os elevados custos fixos e, muito menos, as amortizações de capital em dívida e respectivos juros».

Entre outros tópicos, para a AHETA o Governo «está focado em aprovar medidas, no pressuposto de uma retoma turística, dita progressiva, esquecendo que a economia do Turismo só irá recuperar de forma satisfatória após a resolução do problema sanitário». Neste sentido, torna-se claro que as empresas não estão em condições de suportar os custos fixos e as despesas e amortizações do capital em dívida. Nesta linha, a associação critica o Pagamento Especial por Conta sobre Lucros (IRC) exigido por parte do Governo às empresas hoteleiras e turísticas, sendo que estas registaram quebras superiores a 70% nas suas receitas e, portanto, «não contabilizam quaisquer lucros durante um período superior a 2,5 anos».

Por tudo isto, a AHETA conclui que as empresas do sector turístico enfrentam um cenário «dramático», não lhes restando outra solução para além do encerramento ou a insolvência, o que porventura «vai acentuar ainda mais os níveis de desemprego na região».

Em nome do interesse público regional e nacional, a AHETA apela, mais uma vez, ao governo para implementar o prometido Plano Específico de Emergência para Recuperar o Turismo do Algarve, instrumento «sem o qual as empresas hoteleiras e turísticas e a região não terão condições para enfrentar a situação de enormes dificuldades em que se encontram».

Saiba mais sobre as posições do núcleo face a este problema em www.aheta.pt.

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