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Dia Mundial da Prematuridade, 17 de Novembro

15 milhões de bebés prematuros em todo o mundo precisam de ser ouvidos!
Dia Mundial da Prematuridade, 17 de Novembro

O Dia Mundial da Prematuridade comemora-se em todo o mundo a 17 de Novembro, sendo o dia mais importante na sensibilização para os desafios do nascimento prematuro.

Pretende-se, neste dia, chamar a atenção para as consequências e os riscos que os bebés e crianças nascidas prematuras, bem como as suas famílias, enfrentam globalmente

O dia foi comemorado pela primeira vez em 2008 pela EFCNI- European Foudation for the Care of the Newborn Infant, sendo hoje em dia um acontecimento global.

Na Europa nascem todos os anos, aproximadamente, meio milhão de recém-nascidos (RN) prematuros e estima-se que, em todo o mundo, o número ascenda aos 15 milhões, constituindo 1 em cada 10 nados vivos. Em Portugal, dados do EuroPeristat 2015 reportam uma percentagem de 8% de nascimentos prematuros, o que representa 6754 bebés prematuros nascidos no ano de 2020.

Alguns destes RN necessitam de ser internados em unidades de cuidados intensivos, ou porque nascem antes das 35 semanas, ou porque têm menos de 2000gr à nascença, ou ainda porque desenvolvem algum tipo de patologia. De facto, a necessidade de cuidados intensivos aumentou em muitos países, no entanto os avanços tecnológicos e a melhoria das condições de vida têm permitido uma maior sobrevivência de RNs prematuros em idades gestacionais mais pequenas.

Globalmente, as complicações do nascimento prematuro são responsáveis por 1 milhão de mortes, representando a principal causa de morte abaixo dos 5 anos de idade. Muitos dos que sobrevivem enfrentam problemas para a toda a vida como perturbações da aprendizagem, défices visuais e auditivos, noutros casos existem complicações mais graves como paralisia cerebral e displasia bronco-pulmonar.

Porque é cada vez mais importante falar de prematuridade e tratar este tema com seriedade, a Nascer Prematuro em parceria com diversas câmaras do Algarve lança agora a campanha Sabes o que é extraordinário? que passa fundamentalmente pela disseminação de posters que desvendam algumas particularidades da prematuridade e desmistificam alguns mitos associados. O objetivo da iniciativa é sensibilizar a população em geral, bem com as organizações e instituições, para a problemática do nascimento prematuro, confiando que cada uma das partes assumirá a sua responsabilidade na garantia de melhores cuidados aos bebés prematuros e suas famílias. Os rostos que ilustram a campanha Sabes o que é extraordinário? representam todos dos heróis e heroínas que a Nascer Prematuro tem o privilégio de acompanhar na sua caminhada.

Ainda para assinalar o Dia Mundial da Prematuridade, vários municípios vão iluminar de lilás (cor associada à causa) edifícios emblemáticos da sua cidade. Um gesto simbólico que é repetido por todo o mundo onde, em anos anteriores, vimos iluminado o Cristo Rei em Lisboa, a Torre Eiffel em Paris, ou do edifício da televisão de Berlim.

A Nascer Prematuro vai ainda promover o “Fórum Parentalidade na UCIN: Pequenos mas Fortes! – impacto da pandemia nos cuidados e na parentalidade”.

A pandemia por SARS-COV 2 desencadeou uma série de medidas de contensão nos serviços de saúde por todo o mundo, nomeadamente a restrição da presença dos pais junto dos filhos internados. Em Portugal, foram adotadas inúmeras medidas de proteção/restrição como o uso de máscaras, batas e luvas nos cuidados aos recém-nascidos, a redução do tempo e do número de pessoas junto dos recém-nascidos internados, e mesmo a suspensão de visitas. Por todo o mundo, e em Portugal, recém-nascidos foram separados dos pais, alguns até à alta hospitalar. A Nascer Prematuro associou-se, em 2018, à campanha Zero Separation, com a EFCNI e muitas outras organizações de pais e pacientes por todo o mundo. Se antes da pandemia já existiam hospitais que restringiam a presença dos pais, com a pandemia a situação agravou-se, tornou-se gritante e urge atuar já! O mote deste ano é: Aja agora! Mantenha juntos pais e bebés que nasceram cedo de mais.

São estes dados nacionais e mundiais, o que se ganhou e o que se perdeu, que serão objeto de discussão neste fórum que resulta da parceria com o Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA). A presidente da Nascer Prematuro, Rute Gago, estará presente com uma apresentação sobre a forma como a Associação adaptou as suas atividades nestes dois anos e trará os resultados do estudo nacional sobre as restrições à presença dos pais junto dos recém-nascidos durante a pandemia. A Dra. Johanna Kostenzer apresentará, por sua vez, os resultados do estudo a nível mundial que a EFCNI levou a cabo sobre as consequências das restrições impostas nos cuidados à grávida, pais e RNs e algumas evidências científicas que apoiam a campanha Zero Separation. Contaremos também com o relato da situação vivida no CHUA, no Serviço de Medicina Intensiva Neonatal e Pediátrica (SMIPN), durante a pandemia, pelo Diretor do Serviço, Dr. João Rosa e a Dra. Sara Almeida falar-nos-á do impacto psicológico e emocional desta situação, com uma pequena alusão à situação na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) do Hospital Universitário de São João.

É de salientar que as acções que assinalam as comemorações do Dia Mundial da Prematuridade só são possíveis graças ao apoio incondicional da Letra 7 e do Centro Hospitalar Universitário do Algarve e às parcerias estabelecidas com a Câmara Municipal de Portimão, Câmara Municipal de Faro, Câmara Municipal de Lagoa, Câmara Municipal de Lagos, Câmara Municipal de Monchique e Câmara Municipal de Alcoutim.

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