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Dez anos depois a luta continua pelo fim das portagens na Via do Infante

Dez anos depois a luta continua pelo fim das portagens na Via do Infante

No passado dia 15 de Dezembro foi aprovado na reunião da Câmara Municipal de Lagos uma proposta apresentada pelo vereador da CDU Alexandre Nunes, sobre os dez anos da luta pelo fim das portagens na Via do Infante. Esta proposta foi aprovada com apenas uma abstenção do vereador do PSD.

Esta proposta referia que dez anos de portagens foram um factor de atraso ao desenvolvimento do Algarve, de agravamento da sinistralidade, perda de competitividade por parte das empresas na região e de empobrecimento das populações. O facto desta auto-estrada ter sido construída com dinheiros públicas e estar ao serviço da acumulação privada, torna ainda mais grave a conivência de sucessivos governos com esta situação.

Ao longo dos anos, nem as populações, nem a CDU se conformaram com esta decisão. A intensa luta, denúncia e proposta que foi desenvolvida, obrigou os últimos Governos do PS a reduzirem o valor das portagens, como aliás ficou consagrado no último Orçamento do Estado para 2021, em que a redução para 50% do valor das portagens foi imposta contra a vontade do PS.

No entanto, os avanços que se alcançaram – os últimos entraram em vigor no passado dia 1 de Julho – não resolveram em definitivo este problema. Apesar das sucessivas propostas, designadamente do PCP, no sentido da abolição imediata das portagens, PS, PSD e CDS, opuseram-se sempre à sua eliminação. Se o Algarve ainda hoje está confrontado com portagens na Via do Infante, é porque PS, PSD e CDS assim o quiseram.

Aos que não se cansam de acenar com as supostas virtudes das chamadas Parcerias Público Privadas, convidamos a porem os olhos na Via do Infante e na EN 125, cujas obras estão paradas com o Estado a pagar dezenas de milhões de euros à concessionária, e facilmente verificarão até onde a política de direita favorece os interesses dos grupos económicos, em detrimento de toda uma região e da população que aqui vive e trabalha.

Acresce que no caso do concelho de Lagos, como a variante a Odiáxere tarda, a abolição das portagens contribuiria para uma redução do tráfego que atravessa a Vila aumentando assim a qualidade de vida da população.

Reafirmando o seu compromisso com os trabalhadores e o Povo, a CDU sublinha que continuará a intervir até que as portagens na Via do Infante sejam abolidas e até que a EN 125 seja integralmente requalificada.

A proposta aprovada na Câmara Municipal de Lagos terminava exigindo ao Governo:

  1. A abolição das portagens na Via do Infante, reivindicação das populações, das Autarquias Locais e da Economia Regional.
  2. A requalificação integral da EN 125.(incluindo a variante a Odiáxere)
  3. Dar conhecimento desta proposta ao Presidente da República, ao Governo e aos órgãos de comunicação social.
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