(Z1) 2024 - CM de Aljezur - Aljezur Sempre
(Z4) 2024 - CM Lagos - Semana Europeia da Mobilidade

CDS questiona Ministra da Saúde sobre ambulâncias retidas nos estacionamentos dos hospitais

CDS questiona Ministra da Saúde sobre ambulâncias retidas nos estacionamentos dos hospitais

Numa pergunta dirigida à Ministra da Saúde, a deputada do CDS Ana Rita Bessa questiona a tutela sobre o cada vez maior número de ambulâncias e outros meios de emergência retidos nos estacionamentos dos hospitais.

A deputada quer saber, nomeadamente, se a ministra da Saúde considera aceitável esta situação, e, sendo certo que é desumano deixar doentes urgentes horas dentro de ambulâncias a aguardar admissão hospitalar, que medidas vai tomar de imediato para assegurar que estas situações não se repitam.

Ana Rita Bessa questiona, depois, se a ministra tenciona dotar os serviços de urgência hospitalar de mais macas, para evitar que as macas dos meios de emergência fiquem retidas, e ainda, tendo em conta a situação pandémica de COVID-19 e a consequente necessidade absoluta de correcta desinfecção dos meios de emergência após cada utilização, se não considera o Governo dotar, transitoriamente, os estacionamentos dos hospitais de uma zona de desinfecção de meios de emergência.

Têm vindo a público notícias a dar conta de que o número de ambulâncias e outros meios de emergência retidos nos estacionamentos dos hospitais tem vindo a aumentar de forma preocupante. Este problema, que já não é novo, agravou-se substancialmente em consequência da pandemia de COVID-19. Alegadamente, os doentes urgentes têm de ficar, muitas vezes e durante várias horas, dentro da ambulância a aguardar a admissão hospitalar. Mas, mesmo quando a admissão do doente no hospital até é rápida, os meios de emergência ficam, também, retidos a aguardar que lhes seja devolvida a maca que transportou o doente.

Estas situações serão mais recorrentes nos grandes hospitais de Lisboa, Porto ou Coimbra, mas também se verificam em Almada e em Santarém, a título de exemplo. Segundo declarações do presidente da Liga Portuguesa de Bombeiros, «tem sido terrível. É uma situação desumana para quem fica horas em espera e uma utilização abusiva de um meio que está sempre a ser necessário”.

Efectivamente, o CDS-PP considera que estes constrangimentos têm de ser rapidamente resolvidos, uma vez que nem é aceitável que os doentes tenham de ficar dentro dos meios de emergência tanto tempo como, por outro lado, está a impedir-se que esse meio de emergência fique liberto para poder acorrer a outra situação em que seja necessário.

A este propósito, citamos declarações públicas de um elemento do INEM, que reforçam a necessidade de se encontrar rapidamente uma solução, pois, com o COVID-19, todos os meios de emergência têm de ser desinfectados após cada utilização e «não foi pensada a desinfecção nos hospitais e as ambulâncias regressam aos quartéis para limpeza. Se a viagem implicar 80 a 100 quilómetros, como acontece, o meio fica horas inoperacional».

Face ao exposto, e dado o agravar da situação, o Grupo Parlamentar CDS-PP considera ser imprescindível obter esclarecimentos da parte da Ministra da Saúde.

  • PARTILHAR   

Outros Artigos