A invasão da costa algarvia por quantidades anormais de algas oriundas de mares distantes é um fenómeno relativamente recente e com repercussão em algumas das praias de Lagos.

Para minimizar o impacto desta situação e garantir que os areais apresentam as condições adequadas à prática balnear o município reforçou, com recurso a contratação externa, os seus serviços de limpeza e está, desde a semana passada, a recolher todo o volume de algas acumuladas nos areais das praias da Batata, D. Ana e Camilo.

Trata-se de uma operação complexa, demorada e dispendiosa. Desde logo por só ser possível realizá-la em determinados períodos do dia, mais concretamente na baixa-mar. Acrescem as características da nossa costa, com várias praias encaixadas em zona de arribas altas e acesso por escadaria (como é o caso da D. Ana e da Praia do Camilo), que obrigam a proceder ao ensacamento das algas e à sua retirada por via marítima, com a utilização de barcos.

Os investigadores, designadamente do Centro de Ciências do Mar (CCMAR) e da Universidade do Algarve, estão a estudar o fenómeno*, esperando-se que o conhecimento produzido pela comunidade científica possa ajudar as autoridades a tomar as melhores decisões e medidas para minimizar esta proliferação de espécies invasoras e os transtornos dela provenientes, bem como descobrir possíveis formas de aproveitar economicamente os resíduos desta matéria orgânica.

*Mais informações em:
https://www.ualg.pt/plataforma-algas-na-praia-volta-monitorizar-acumulacoes-de-algas-na-costa-portuguesa
https://www.ualg.pt/algas-na-praia