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O capital humano na hotelaria e empreendimentos turísticos do Algarve

O capital humano na hotelaria e empreendimentos turísticos do Algarve

A AHETA - Associação Dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos Do Algarve, em colaboração com o KIPT Inovação e Turismo Laboratório Colaborativo e a Universidade do Algarve, apresentou o estudo O Capital Humano na Hotelaria e Empreendimentos Turísticos do Algarve”, no dia 26 de Outubro 2022, pelas 15.30 no Hotel Vila Sol.

Este estudo pretende contribuir para quantificar a escassez de mão de obra no turismo e como se pode e deve reforçar o capital humano no turismo.

Um estudo suportado numa amostra que representa 54% da capacidade de alojamento na região, 52% da procura turística (medida em número de dormidas) e 34% do emprego na região.

As necessidades de recursos humanos internos variam entre 4.484-7.906 até ao final de 2023, nas empresas inquiridas, o que significa um acréscimo de 45%, no entanto um crescimento de 25% é razoável para assegurar a operação, com recursos internos nos empreendimentos turísticos em Julho.

As dificuldades de contractação são evidentes, principalmente nas áreas mais operacionais, como sejam a alimentação e bebidas, o alojamento e a manutenção.

As condições de trabalho no turismo e hotelaria registam uma melhoria progressiva, no que toca a estabilidade e salários. Porém, as expectativas face ao futuro revelam um muito moderado otimismo, generalizado a todos os domínios e itens.

No que se refere às remunerações, é evidente a prevalência de salários acima do salário mínimo nacional entre os estabelecimentos inquiridos. Apesar da variabilidade dos salários, justificada pela diversidade de funções, o valor médio situa-se nos 1013 euros em 2022 na amostra, 1,7 vezes superior ao que os mesmos empreendimentos pagavam em 2015.

Ainda e por comparação com os dados do GEP, os dados para a região relevam que os salários na hotelaria em 2019 já eram superiores aos salários médios da economia algarvia e da hotelaria regional.

As relações laborais estabelecidas sugerem uma estabilização crescente, com os contratos sem termo ou termo incerto (51% em 2019) a assumirem percentagens superiores à média regional (42%), sugerindo a estabilidade e a capacidade de retenção se atendermos à antiguidade dos colaboradores, ainda que esta esteja a decrescer.

O estudo mostra ainda a tendência de reconfiguração da força de trabalho. Sobretudo se se considerar, o gradual rejuvenescimento, a crescente importância de recursos qualificados e um leque diversificado de nacionalidades.

Em síntese, pode dizer-se que, pese embora uma evolução recente favorável do capital humano nos empreendimentos turísticos algarvios no período estudado, este período pós-pandémico trouxe novos desafios significativos, designadamente a dificuldade de recrutamento e de retenção de trabalhadores onde o factor custo da habitação tem um peso significativo.

Embora o sector pareça hoje mais apto do que no passado para enfrentar esses desafios, as dificuldades, presentes e as que se avizinham, constituem um importante repto, mas também uma oportunidade para inovar na gestão de recursos humanos e também para fazer destes um fator (ainda mais) determinante para a inovação e para a excelência.

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