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Projecto “Desprende-Te” identifica condicionantes à inclusão social de pessoas com deficiência

Projecto “Desprende-Te” identifica condicionantes à inclusão social de pessoas com deficiência

Acessibilidades condicionam negativamente a vida das pessoas com deficiência em Portugal

A Associação Portuguesa de Neuromusculares (APN) acaba de apresentar os resultados do estudo «Desprende-Te!», uma investigação na área da inclusão, que contou com a participação de pessoas com deficiência, e que concluiu que, em Portugal, as acessibilidades continuam a ser um fator de exclusão social.

“Neste momento, já conseguimos analisar alguns dados que dão resposta à nossa pergunta de partida: «O que condiciona negativamente a inclusão social de pessoas com deficiência?». Com este estudo podemos refletir sobre as acessibilidades existentes a nível nacional e podemos concluir que, neste momento, a maioria das pessoas com deficiência ou algum tipo de incapacidade sente que as acessibilidades que existem atualmente não dão resposta às suas verdadeiras necessidades”, explica Joaquim Brites, presidente da APN.

E acrescenta: “Um factor que nos preocupa é que mais de 40 por cento dos inquiridos, mediante a sua experiência pessoal, não sentem recetividade por parte das empresas para a contratação de pessoas com deficiência e incapacidade. Outro aspeto que merece a nossa maior atenção é o facto de mais de 50 por cento referir que a sua entidade patronal não está devidamente adaptada às suas necessidades”.

Segundo o estudo é possível aferir que 56,1 por cento dos inquiridos não consideram acessível o acesso à informação sobre os seus direitos; e 60,1 por cento avançam que as respostas sociais existentes não se adequam às diferentes fases da sua vida ou evolução da doença, sendo que a maioria considera existir uma menor proteção social na área dos apoios financeiros.

No que diz respeito às acessibilidades nos transportes públicos, 70,3 por cento dos inquiridos consideram que é o local onde existe uma grande dificuldade de acesso, sendo que 50,7 por cento já apresentaram alguma reclamação ou sugestão para a sua melhoria, e na sua maioria não foram verificadas quaisquer alterações.

No respeitante aos estacionamentos para pessoas com mobilidade reduzida, 84,5 por cento dos inquiridos consideram que estes não são devidamente utilizados. A preocupação com as questões das acessibilidades condiciona a participação social, como por exemplo férias, espaços de cultura e lazer, de cerca de 64,9 por cento dos inquiridos.

Quando questionados sobre as acessibilidades existentes, 75 por centos dos inquiridos refere que estas não dão resposta às suas reais necessidades.

O estudo «“Desprende-Te!”», uma investigação na área da inclusão, contou com o apoio do Programa de Financiamento a Projetos do INR, I.P. de 2021. Este projecto visa conhecer e identificar os principais fatores condicionantes à inclusão de pessoas com deficiência e incapacidade, definindo posteriormente as áreas prioritárias de intervenção para a mitigação destes factores.

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