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Mais de 7 em cada 10 doentes oncológicos ou familiares não sabem que a mutação BRCA2 aumenta o risco de cancro da próstata

Mais de 7 em cada 10 doentes oncológicos ou familiares não sabem que a mutação BRCA2 aumenta o risco de cancro da próstata

A propósito do passado dia 17 de Novembro, Dia Mundial de Combate ao Cancro da Prótata:

Segundo um inquérito realizado no âmbito da campanha “saBeR mais ContA”, apenas cerca de 30% dos doentes oncológicos ou familiares já ouviram falar de mutações genéticas BRCA e destes só 24% as associa ao cancro da próstata. Na verdade, 77% não sabe que estas aumentam o risco de desenvolver este tumor, nomeadamente, quando a mutação ocorre no gene BRCA2, tendo o seu portador um risco acrescido entre 20% a 25% de vir a ter a doença(1,2). No mês de alerta para a saúde masculina, a campanha “saBeR mais ContA” volta a lembrar que as mutações genéticas BRCA não estão apenas associadas a cancros tipicamente femininos e que a sua hereditariedade não está também apenas associada às mulheres. Esta ideia é particularmente importante desmistificar, já que, segundo o mesmo inquérito, apenas 25,4% sabe que as mutações nos genes BRCA1/2 podem ser herdadas do pai (2).

Globalmente, o cancro da próstata é o segundo tumor mais comum nos homens, afetando sobretudo aqueles em idade mais avançada(3). Contudo, segundo André Mansinho, oncologista, em doentes portadores de mutação genética BRCA2, este tipo de tumor é geralmente diagnosticado “numa idade mais jovem e com doença mais agressiva”. A referenciação para a pesquisa genética nos doentes com cancro da próstata acontece quando existe um caso de cancro da próstata, em qualquer idade, quando metastático, ou quando classificado como sendo de risco elevado a muito elevado (4). No caso da pessoa saudável, a referenciação é feita quando esta tem idade superior a 18 anos e que tenha, na sua família, casos de cancro hereditário associado a estas mutações BRCA1 ou BRCA2(5). Se confirmada a presença de uma mutação, este indivíduo “deve ser seguido numa consulta de aconselhamento genético e realizar o plano de rastreio adaptado à sua idade e mutação da qual é portador. Apesar de não minimizar o risco de desenvolver a neoplasia, irá aumentar a probabilidade de ser diagnosticado numa fase precoce e maximizar a sua probabilidade de cura”, explica o especialista.

A mutações nos genes BRCA1/2 aumentam o risco de desenvolver vários tipos de cancro, entre os quais, mama e pâncreas, no caso das mulheres, ovário, e no caso dos homens, quando na presença de mutação BRCA2, cancro da próstata(6), sendo possível a uma pessoa, homem ou mulher, herdá-las quando um dos progenitores (pai ou mãe) é portador de mutação no gene BRCA1/2 (7).

Esclarecer a população sobre estas questões, particularmente, doentes oncológicos e seus familiares é o principal objectivo da campanha “saBeR mais ContA”, uma iniciativa que em 2021 conta com a participação Careca Power, a Evita, a Europacolon, a MOG (Movimento Oncológico Ginecológico), a Sociedade Portuguesa de Genética Humana, da Sociedade Portuguesa de Ginecologia, a Sociedade Portuguesa de Oncologia e a Sociedade Portuguesa de Senologia. A AstraZeneca apoia esta iniciativa, que conta com um site para consulta e presença nas redes sociais, onde regularmente são partilhados diversos conteúdos, entre eles, vídeos informativos.

O inquérito, realizado no âmbito desta campanha, foi feito através dos métodos CATI (Telefónico) e CAWI (online) a uma base de dados registada na plataforma da multidados.com, convidada a participar no estudo anónimo entre os dias 2 a 20 de outubro de 2020. Foram recolhidas e validadas 500 respostas, com uma margem de erro de ±3,5%, considerando p=q=50 e 95% de margem de confiança.

Para saber mais sobre o cancro da próstata veja o vídeo.

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