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Maioria dos portugueses considera que o SNS tem respondido de forma eficaz à pandemia

Maioria dos portugueses considera que o SNS tem respondido de forma eficaz à pandemia

Mesmo em crise pandémica, o Serviço Nacional de Saúde (SNS) gerou um retorno económico de 6,8 mil milhões em 2020, graças ao seu efeito positivo no absentismo laboral e produtividade.

Segundo dados do Índice de Saúde Sustentável, estudo desenvolvido pela NOVA Information Management School (NOVA IMS) e hoje apresentado na 9.ª Conferência AbbVie|DN|TSF, a maioria dos portugueses (73,2%) considera que o SNS tem respondido de forma eficaz à pandemia de Covid-19. Contudo, cerca de um quarto dos utentes (24,7%) afirma ter deixado de recorrer pelo menos uma vez ao SNS por sentir receio de se deslocar a um hospital ou centro de saúde. Em alternativa, cerca de 18% preferiram recorrer a serviços de saúde privados.

O índice que avalia a sustentabilidade do SNS registou uma descida dos 101.7 para os 83.9 pontos devido ao efeito da pandemia. Para esta queda no indicador contribuiu a diminuição na actividade (-9,8%), o aumento da despesa (7%) e a diminuição da qualidade técnica (-3,1%). Ainda assim, o estudo estima que sem o efeito da Covid-19 o índice de sustentabilidade registaria o valor mais elevado desde a sua criação, em 2014: 103.6 pontos.

Durante a pandemia, a satisfação e confiança dos portugueses no SNS aumentou em todos os parâmetros avaliados. É no internamento que os utentes manifestam maior satisfação e confiança (87.0 e 87.3 pontos, respectivamente, numa escala de 0 a 100), mas foi no atendimento de urgência que se registou o maior aumento (+2.6 pontos na satisfação e +5.3 pontos na confiança).

O estudo calculou também o impacto do SNS no absentismo laboral e na produtividade dos utentes em 2020. Em média, os portugueses faltaram 7,4 dias ao trabalho, o que resultou num prejuízo de 2,8 mil milhões de euros. No entanto, a prestação de cuidados de saúde através do SNS permitiu evitar a ausência laboral de 2,9 dias, representando uma poupança de mil milhões de euros.

Também foi analisada a redução na produtividade tendo em consideração situações de doença que poderão ter influenciado o desempenho de uma pessoa num dia normal de trabalho. Por motivos de saúde, terá existido uma perda de produtividade equivalente a 15,8 dias de trabalho, o que se traduz num prejuízo de 6 mil milhões de euros. Porém, conclui-se também que o SNS permitiu evitar outros 9,9 dias de trabalho perdidos em produtividade, resultando numa poupança de 3,5 mil milhões de euros.

Quando se analisam os determinantes da satisfação do utente, a qualidade dos profissionais de saúde continua a ser identificada como o ponto mais forte do SNS e um ponto que deve continuar a ser valorizado. Por outro lado, a facilidade de acesso aos cuidados e os tempos de espera entre a marcação e a realização de actos médicos são duas áreas prioritárias de actuação.

Aceda aqui ao estudo completo.

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