A bioMérieux, empresa líder em soluções de diagnóstico in vitro, anunciou a expansão da sua gama de testes PCR em tempo real (RT-PCR) para a detecção de SARS-CoV-2. A nova solução vem permitir a recolha de amostras de saliva para a detecção do vírus que causa a COVID-19 através do teste RT-PCR, actualmente disponível. Este procedimento inovador ajuda a facilitar os fluxos de recolha de amostras e permite, assim, processar um maior número de testes.

“Fiel ao compromisso de combater a pandemia da COVID-19, a bioMérieux procura dar resposta às necessidades dos laboratórios. O alargamento do uso deste teste molecular para a inclusão de amostras de saliva tornará o teste mais tolerável para muitos suspeitos/doentes, e mais fácil de realizar”, refere François Lacoste, Vice-presidente executivo de Research&Development da bioMérieux.

Os testes RT-PCR são testes moleculares que permitem detectar a presença do vírus através da pesquisa pelo seu material genético. Quando é identificado o RNA (ácido ribonucleico, material genético) do vírus na amostra, significa que o vírus está presente e a infecção activa. A amostra colhida através de uma zaragatoa nasal requere um número de profissionais habilitados, já que o uso incorrecto da mesma pode resultar em falsos negativos, podendo, assim, continuar a contribuir para a cadeia de transmissão, ainda que de forma involuntária.

Este novo teste permite que seja o doente a colocar a sua saliva no tubo de recolha de amostra sem que, para este procedimento, sejam necessários profissionais de saúde especializados. As amostras podem ser recolhidas de forma rápida através de um circuito logístico previamente implementado e o teste pode ser utilizado em lares, em ambulatório ou em unidades de saúde.

“Esta solução bioMérieux de RT-PCR em saliva, para além de assegurar resultados fiáveis, como demonstram os estudos de performance, permitirá a implementação de novos modelos/procedimentos na colheita das amostras, permitindo uma maior comodidade para os cidadãos em que seja necessário executar o teste, bem como uma maior capacidade de colheita em diferentes locais dada a sua maior simplicidade. Esta simplificação do processo pré-analítico em muito contribuirá para uma melhor identificação das cadeias de contágios e, assim, melhor controlar a propagação do vírus”, acrescenta Rui Nunes, Director de Marketing da bioMérieux Ibéria.

Diversos estudos têm demonstrado a alta sensibilidade da amostra de saliva e a sua eficiência nos processos de triagem e rastreio epidemiológico. A Autoridade Francesa para a Saúde (HAS, na sigla original) emitiu uma recomendação, a 18 de Setembro de 2020, que encoraja a utilização preferencial de zaragatoas de saliva para testar pessoas sintomáticas, nas quais é difícil ou até impossível utilizar zaragatoas nasofaríngeas.