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Salinas de Castro Marim com projeto de Valorização para o Sequestro de Carbono e Mitigação das Alterações Climáticas

Salinas de Castro Marim com projeto de Valorização para o Sequestro de Carbono e Mitigação das Alterações Climáticas

Restaurar o ecossistema das ervas marinhas nas Salinas de Castro Marim, é o grande desígnio do projeto “Sal C”, que foi publicamente apresentado na passada quinta-feira no Revelim de St. António.

O projeto é liderado pela start-up e spin off da Universidade do Algarve, BlueZ C Institute – Associação para a Conservação Marinha e Economia do Carbono, e tem a parceria do Município de Castro Marim, Eurocidade do Guadiana e empresa MadeinSea.

As salinas de Castro Marim vão funcionar como uma maternidade de ervas marinhas, que estão em declínio global e são essenciais ao sistema costeiro, quer pelo sequestro de carbono, quer pela purificação da água e retirada dos nutrientes. Por enquanto, é apenas usada uma salina – a “Made In Sea”, mas o objetivo é plantar as ervas marinhas em mais salinas e levar o projeto mais longe, a qualquer empresa salineira que haja no sul da Europa, como afirmou Rui Santos, presidente do BlueZ C Institute, durante a apresentação.

Além da componente ambiental positiva, este é um projeto que também ajudará na própria produção de sal, porque a água que entra para a produção é mais limpa e pura. Vem assim aumentar a cadeia de valor de uma das atividades mais relevantes na economia castromarinense – a salinicultura tradicional -, uma vez que promove a rentabilização das salinas, ao transformar uma atividade sazonal numa atividade permanente e criando novos postos de trabalho qualificados.

Com um investimento total de cerca de 200.000 euros, apoiados em 75% pela Fundação “La Caixa”, o projeto arrancou no mês de novembro, mas a plantação das ervas marinhas só será feita na primavera.

“Estes projetos acontecem porque a região tem conseguido, com a sua forte ligação à Universidade do Algarve, reter conhecimento e potenciar conhecimento na própria região. Neste caso, além desta spin off, os empresários são pessoas que estudaram na UAlg e a própria regeneração da atividade do sal tradicional é reflexo da importância e da massa crítica que a universidade aporta à região”, referiu a vice-presidente do Município de Castro Marim, Filomena Sintra, aproveitando para dar os parabéns à Associação Odiana pelo seu 25.º aniversário, entidade que esteve na génese da valorização do sal tradicional de Castro Marim, há 20 anos, à época uma atividade completamente desacreditada.

Este foi o primeiro projeto apoiado pela Fundação “La Caixa” no Algarve, “um dia muito feliz para Castro Marim”, finalizou a vice-presidente, que vê neste projeto uma oportunidade para o posicionamento internacional das salinas e zona de sapal e para a incubação de muitos outros projetos no território do Baixo Guadiana. Considera ainda que foi “determinante o facto de a Câmara Municipal assumir desde logo a parceria, independentemente do resultado que daí pudesse advir. Foi o voto de confiança e conforto necessário para que, quem sabe, ousasse avançar”.

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