O PCP iniciou no Algarve a acção «Mais força aos trabalhadores», que se desenvolve em empresas e locais de trabalho, até ao fim do próximo mês de Maio com distribuições, em vários locais de trabalho, do folheto: “São os trabalhadores - És Tu! - Que produzes toda a riqueza, é preciso distribuí-la com justiça”.
No folheto recorda-se que são os trabalhadores quem faz «funcionar os serviços públicos, do Serviço Nacional de Saúde à Escola Pública», que «atendem os telefones aos clientes» e «prestam serviços aos turistas», que «entregam a comida e as encomendas, asseguram os recordes de exportações».
São também os trabalhadores que «passam longas horas fora de casa e não têm tempo para os filhos»; são eles que «têm horários desregulados e raramente sabem a que horas saem ou entram», que «recebem um salário que não é suficiente para pagar a casa, a alimentação, os combustíveis, o vestuário, a saúde, a educação dos filhos». E são ainda os trabalhadores que são «atacados por reclamar os seus direitos».
«Os trabalhadores têm direito a uma vida melhor» e isso «é possível com uma outra política, que combata a exploração e promova os direitos e respeite quem trabalha. É possível a política patriótica e de esquerda».
Os objectivos desta acção são, entre outros, afirmar a «urgência do aumento geral dos salários, o respeito pelos horários, a passagem a efectivo dos trabalhadores que são temporários». Insiste na «profunda injustiça» da existência de uma imensa maioria que sufoca para pagar «as contas que não param de crescer», a par de «um punhado que se está a encher com grandes lucros, lucros extraordinários, nunca vistos».
O Partido assegura que colocará, igualmente, no centro do debate «a redução do horário de trabalho para as 35 horas para todos, sem perda de remuneração; a garantia de direitos e condições de trabalho; a revogação das normas gravosas da legislação laboral, nomeadamente a caducidade da contratação colectiva e a reposição do princípio do tratamento mais favorável aos trabalhadores; o reforço dos direitos dos trabalhadores em caso de doença ou desemprego; a Segurança Social pública e universal; a imposição de preços máximos aos bens e serviços essenciais, designadamente alimentação, habitação e combustíveis, combatendo a especulação; a elevação dos direitos de maternidade/paternidade».
Integrado no desenvolvimento regional da acção, o Secretário-Geral do PCP, Paulo Raimundo, estará presente num encontro com trabalhadores da hotelaria no Algarve, no próximo dia 17, sexta-feira, pelas 16h30, junto à entrada do Inatel Albufeira Praia Hotel.