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No dia do seu 12º aniversário, o Centro Ciência Viva de Lagos inaugura exposição fotográfica de aves

No dia do seu 12º aniversário, o Centro Ciência Viva de Lagos inaugura exposição fotográfica de aves

“Na Mira do Voo – retratos da avifauna portuguesa” é o nome desta exposição fotográfica, da autoria de António Granado, e que conta com 45 fotografias de algumas das aves portuguesas.

A exposição será inaugurada no próximo sábado, dia 29 de Janeiro e contará com a presença do autor.

A motivação para a produção desta exposição fotográfica é assinalar os 12 anos de funcionamento do Centro Ciência Viva de Lagos, inaugurado no dia 29 de Janeiro, de 2009, mas igualmente contribuir para a divulgação do património natural, neste caso, a avifauna portuguesa. A divulgação desta parte da biodiversidade nacional justifica-se quer pelo contributo que dará à sua proteção, mas igualmente pelo cada vez maior interesse e importância da atividade de birdwatching no panorama turístico nacional e internacional.

“A ideia para esta exposição é algo semelhante à que produzimos há alguns anos em que desafiámos os membros da equipa a serem curadores de uma exposição fotográfica, naquela altura sobre Astronomia. Cada elemento da equipa do CCVL foi desafiado a seleccionar e produzir pequenos textos de enquadramento às suas escolhas, tendo no final o Centro um produto de divulgação e promoção da Ciência, bem como um evento para o nosso aniversário da altura.

Desta vez, a estratégia foi a mesma – desafiámos um dos elementos da nossa Comissão Científica, o Professor António Granado, de que já conhecíamos a qualidade e o gosto pela fotografia de aves, a seleccionar algumas das suas muitas fotos, bem como a escrever pequenos textos de enquadramento a cada fotografia e espécie específicas”, refere Luís Azevedo Rodrigues, Director Executivo do Centro Ciência Viva de Lagos.

A produção da exposição esteve a cargo do Centro de Lagos e ambiciona este Museu que outros locais a possam receber.

“O Centro deseja que o seu investimento seja rentabilizado, não financeiramente, mas ao nível dos públicos e áreas geográficas envolvidas. Desejamos que outras instituições, Museus ou autarquias, se assim o desejarem, possam acolher de forma gratuita esta exposição de grande interesse não só científico, mas também estético. É também esta a nossa Missão, fazer chegar a diferentes públicos e regiões o conhecimento do seu património natural, contribuindo para a sua proteção partindo do dar a conhecer, pois nós só podemos proteger aquilo que conhecemos”, acrescenta Luís Azevedo Rodrigues.

Os textos da exposição estão em português e inglês e inaugura no dia 29 de Janeiro às 16 horas com entrada gratuita.


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Texto introdutório à Exposição, por António Granado

Foi a 21 de Janeiro de 2018 que, com uma máquina fotográfica e uma objectiva emprestadas, fui pela primeira vez fotografar aves, com o meu amigo José Fernando Pereira. Há meses que ele me tentava convencer a regressar à natureza para iniciar um hobby que ele próprio já praticava há alguns anos.

A minha amizade com o José Fernando tem décadas. Fizemos muitos quilómetros juntos nos anos 80, a monitorizar os casais de águia-real no Douro Internacional e no Sabor. Passámos dias na Serra de Montejunto ou nas margens do Erges, sempre em trabalho voluntário para o Centro Ecológico e, mais tarde, para a associação Quercus, cuja escritura de constituição também assinei, em Outubro de 1985. Nessa altura, nenhum de nós fotografava.

Depois vieram os tempos do jornalismo, em que estive afastado de qualquer actividade associativa durante muitos anos. Mais tarde, a universidade começou também a ocupar-me e as aves foram ficando para trás. Sim, desde sempre tive o hábito de andar com binóculos no carro, mas a doença, essa, estava adormecida.

Nos últimos quatro anos, voltou a manifestar-se. Para já, os sintomas são ligeiros: levantar muito cedo de manhã, escolher um local relativamente perto de casa, passar umas horas sem pensar em mais nada. Temo que neste ano e no próximo o problema se possa agravar e, por isso, esta exposição é precoce. Ainda assim espero que sirva o seu único propósito: contaminar mais alguns incautos.

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