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LAC acolhe em Lagos o mais recente projecto Internacional em que está envolvido “Contested Desires”

LAC acolhe em Lagos o mais recente projecto Internacional em que está envolvido “Contested Desires”

O LAC - Laboratório de Actividade Criativas, iniciou no passado dia 13 de Fevereiro o acolhimento em Lagos do projecto Transnacional “Contested Desires”, um projecto apoiado pelo programa Europeu Europa Criativa, que junta seis organizações artísticas e culturais de seis diferentes países.

D6: Culture in Transit (Reino Unido); La Bonne (Espanha); LAC (Portugal), Xarkis (Chipre); Fresh Milk (Barbados) e ECCOM (Itália), que num processo de intercâmbio de produção colaborativa trabalham a temática transversal a todo o projecto: A herança histórica colonial (compartilhada e contestada) e a sua influência na compreensão da cultura contemporânea.

 

O projecto teve início em Janeiro de 2020 e terminará em Agosto de 2021, tendo em Lagos, sido realizados quatro dias de trabalho que juntaram pela primeira vez as equipas técnicas e artísticas, num total de 21 elementos.

Ainda em Lagos, o projecto continua agora e até 15 de Março, com os três artistas que foram seleccionados para as residências artísticas no LAC: Anna Carrera (Espanha); Akeelah Bertam (Reino Unido) e Stelios Kalinikou (Chipre). Destas residências resultará uma exposição que estará patente na Galeria LAR (Lagos) entre 13 de março e 31 de abril 2020.

Contested Desires é uma plataforma de reflexão e aprendizagem que oferece aos gestores culturais e aos nove artistas seleccionados um programa de pesquisa, simpósios, residências artísticas e exposições e um cruzamento de experiências e percursos artísticos de grande pluralidade, em diversos contextos sociais, culturais e geográficos. Um projecto que decorre num particular período em que importa refletir sobre os crescentes impactos sociais e políticos desestabilizadores e divisivos (frutos do populismo), que jogam com o poder do medo do “Outro” veiculando a “nossa” “Identidade” a uma nova forma de protectorado. 

O LAC integra esta nova parceria internacional, reforçando um das suas principais linhas de orientação, que tem vindo a veicular grande parte do percurso enquanto estrutura de dinamização cultural: a criação de “pontes” entre a “herança histórica” e a criação artística contemporânea e o potencial criativo e de estímulo ao trabalho artístico, que as mesmas representam.

Desta forma, o LAC continua a assumir um importante papel na dinamização cultural e na valorização da criação artística a partir do local, ao mesmo tempo que reforça o conceito de arte em digressão e de intercâmbio artístico nacional e internacional.

 

Artistas selecionados pelo LAC:

 

Sara Baga

Sara Baga forja o seu trabalho a partir de um olhar poético e místico para com o mundo, mantendo a sua prática assente nos temas da ecologia humana.

Formada em 2006 como designer de comunicação pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa, onde deu ênfase aos estudos para direcção de arte, antropologia artística e eco-design, estudou também crítica de arte, fotografia, artes espaciais performativas na Universidade de Salamanca, Espanha.

Durante os últimos 11 anos aprofundou a sua relação com a Terra e mergulhou nos movimentos de bases eco-sociais participando em redes e co-organizando campanhas activistas pelo ambiente, soberania alimentar e direitos indígenas.

Sara tem aparecido esporadimente nos circuitos artísticos para as artes participativas, para produção (Kijk Ruimte, Tolhstuin Producties - Amsterdão), com filmes premiados (Hortas Di Pobreza, longa-metragem rodada na Guiné-Bissau e Índia, ou recentemente Raquel, curta-metragem em Portugal) ou para

colaborações nas artes performativas (Terra Livre, projecto Kanoa, ou com a coreógrafa Bouchra Ouizguen).

Presentemente entre Portugal e a África de Oeste, onde realiza um filme documental sobre a agroecologia e a cultura alimentar e mergulha no berço de origem da cultura voudoun, em Ouidah, uma ex-colónia francesa da diáspora portuguesa no Benim.

 

Márcio Carvalho

Márcio Carvalho é mestre em artes cênicas pela HZT / UDK Berlim e mestre em artes visuais pela ESAD, Caldas da Rainha, Portugal. Artista e curador de arte contemporânea, cujos projetos se concentram principalmente em tecnologias e práticas coletivas de memória e em como elas influenciam a memória individual e de grupo de eventos passados. O seu trabalho explora a vida pública e os arquivos, a memória autobiográfica e coletiva, com foco das suas influências biológicas, culturais e sociais. Carvalho colaborou com instituições de arte e comunidades locais dos cinco continentes liderando projetos sobre as diferenças e pontos em comum de como os povos trabalham a memória.

 

 

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