O BPI reuniu mais de 120 gestores e empresários do Algarve para debater os desafios do turismo sustentável, a captação de novos mercados e o combate à sazonalidade. A iniciativa “Encontros BPI Empresas” arrancou no ano passado e está a percorrer todo o país, para reforçar a proximidade às empresas e instituições.
A Pedro Barreto, administrador do BPI responsável pela Banca de Empresas e Institucionais, coube a apresentação do CaixaBank, “acionista do BPI há 24 anos e que em 2018 passou a deter a totalidade do capital do Banco”. A entrada no Grupo CaixaBank permitiu “acelerar o BPI”, mantendo os valores corporativos que desde a fundação nortearam a atividade do Banco: qualidade, confiança e compromisso social.
João Oliveira e Costa, administrador do BPI responsável pela Banca de Particulares e Negócios, destacou a capacidade de aconselhamento e a especialização das equipas do Banco “com respostas organizadas para a agricultura, o empreendedorismo, o apoio à exportação, o imobiliário e reabilitação urbana, e, claro, o turismo.” O BPI “quer dar um contributo relevante, oferecer soluções completas, ser o parceiro para os projetos que queiram concretizar,” rematou.
Conduzido pelo diretor coordenador da Banca de Empresas e Institucionais de Lisboa e Sul do BPI, João Patrício, o painel de debate contou com as intervenções de Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé, Carlos Baía, vereador da Câmara Municipal de Faro com o pelouro do Turismo, Nuno Alves, do Turismo de Portugal, João Fernandes, da Região de Turismo do Algarve, e Frederico Costa, do Grupo Pestana.
“Não se pode apostar no crescimento económico sem o cuidado com a finitude dos recursos”, enfatizou o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo. Repensar a atividade turística, para além do convencional, numa perspetiva abrangente do território algarvio, foi o fio condutor da conversa sobre o setor que mais riqueza gera na região. O autarca partilhou o seu entusiasmo pelo projeto - em desenvolvimento com os municípios de Silves e Albufeira – que visa o reconhecimento deste território do interior do Algarve como Geoparque Mundial, com a chancela da UNESCO. “O turismo de natureza, ou ligado à tradição cultural e antropológica dos algarvios, pode ser uma importante ferramenta de geração de riqueza ligada à atividade turística no interior”.
Na mesma linha, o vereador da Câmara de Faro, Carlos Baía, apresentou o trabalho da sua autarquia na contribuição para um destino Algarve mais sustentável. Salientou a necessidade de “acautelar a capacidade de carga da Ria Formosa” e focou o alojamento local do concelho enquanto “fator de coesão territorial, surgindo também nos territórios do interior e contribuindo para o seu desenvolvimento e valorização.”
“A sazonalidade é um tema que nos acompanha há largos anos, mas, felizmente, tem vindo a ser atenuada”, referiu João Fernandes, da Região de Turismo do Algarve. “O próprio turismo tem de ser agente ativo da diminuição da sazonalidade e da coesão territorial, através da diversificação da oferta, construindo respostas que gerem nova motivações de visita à região”, acrescentou.
Nuno Alves, do Turismo de Portugal, referiu os objetivos de sustentabilidade ambiental, social e económica integrados na estratégia do turismo 2027 e de como a recente distinção de Portugal como o Melhor Destino Sustentável da Europa, foi uma validação do trabalho desenvolvido até agora pelo Turismo de Portugal e agentes económicos.
Sobre a captação de novos mercados, e a fechar o painel, Frederico Costa, administrador do Grupo Pestana, focou a importância da capacidade aérea e de, antes de se trabalharem novos mercados, se explorarem outras regiões da Alemanha e de Inglaterra, os países de origem mais forte na procura do destino Algarve.