Município de Albufeira homenageia Beato Vicente e recorda tradição religiosa
Cumprindo a tradição, Albufeira volta a prestar homenagem a Beato Vicente de Santo António. Este ano, celebram-se os 400 anos da partida de Vicente para o Japão, pelo que a Paróquia de Albufeira e a Câmara Municipal organizaram um programa de eleição para recordar o herói da terra, que se sacrificou em Nagasaki em defesa dos direitos humanos e do cristianismo.
O programa de comemorações tem a duração de quatro dias: 30 e 31 de agosto e 1 e 3 de setembro. Dia 30 de agosto, a Igreja Matriz acolhe o 1º dia Tríduo do Beato Vicente, com o Terço Missionário, às 21h30; dia 31, decorre o 2º dia Tríduo do Beato, com a Adoração Eucaristia, às 21h30, também na Igreja Matriz. No dia 1 de setembro, às 21h30, celebra-se o 3º dia Tríduo de Beato Vicente de Santo António, com o concerto pela Banda Filarmónica da Associação Cultural de Vila Real de Santo António, na Igreja Matriz, juntamente com a Estreia do Hino do Beato Vicente, com letra do Padre Semedo de Azevedo. No último dia das comemorações, dia 3 de setembro, às 17h00, realiza-se a Eucaristia da Festa em Honra do Beato Vicente de Sto. António, seguida de procissão, a partir da Igreja Matriz. O percurso da procissão passa pelos seguintes arruamentos: Rua da Igreja Nova; Rua Miguel Bombarda; Rua 1º de Dezembro; Av.ª do Ténis; Travessa Coronel Águas; Rua Latino Coelho; Esplanada Dr. Frutuoso da Silva; Praça Miguel Bombarda, onde irá decorrer o Sermão; com a procissão a terminar novamente na Rua da Igreja Nova (Igreja Matriz).
Recorde-se que, Vicente nasceu em 1590 no castelo de Albufeira. Os seus pais enviaram-no para Lisboa onde, depois de ter revelado talento na carreira eclesiástica, foi ordenado sacerdote aos 27 anos. Em 1623 foi para o Japão, onde se viu obrigado a mudar de traje e de nome, fazendo-se caixeiro-viajante pelas ruas de Nagasaki. Passou por Espanha, México e Filipinas e acabou martirizado no Japão no ano de 1629. Vicente foi beatificado na Igreja Católica pelo Papa Pio IX a 7 de julho de 1867. Esta figura histórica foi reabilitada nos anos 60 do século XX pelo Padre Semedo de Azevedo, que a 3 de setembro de 1965 realizou o primeiro cortejo em honra deste filho da terra.
