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Lagos melhorou a nível de equipamento mas ganhos económicos foram relativos

Lagos melhorou a nível de equipamento mas ganhos económicos foram relativos

Desta vez, foram os ganhos e as perdas na evolução da comunidade de Lagos
pós 25 de Abril que preencheram o Encontro que decorreu na Biblioteca
Municipal Dr. Júlio Dantas, integrado no ciclo “Viver em Comunidade”,
promovido pelo Grupo dos Amigos de Lagos e de que o Correio de Lagos é
parceiro.

Os presentes reconheceram que, desde então, “a cidade expandiu-se consideravelmente, o concelho urbanizou-se sobretudo na parte costeira”, dotando-se de diversos equipamentos nas áreas educativa, cultural, desportiva, ambiental, social e administrativa. Infra-estruturas como o saneamento básico, a pedonalização e a marina ficarão entre as marcas indeléveis dessas transformações. Só “é de lamentar o estado de abandono do auditório municipal”, onde ocorreram espectáculos de referência. 

Consideraram, no entanto, que fora “desperdício a extinção do ensino pré-profissional que a antiga Escola Industrial e Comercial proporcionou a várias gerações” e que poderia ter sido aperfeiçoado de acordo com os novos tempos. De resto, como não podia deixar de ser, “Lagos acompanhou as vicissitudes do País e os progressos do mundo nas últimas décadas”. O tecido produtivo alterou-se substancialmente com “o encerramento de indústrias e lojas tradicionais”. Incrementou-se o turismo, a imobiliária e os serviços, enquanto “a agricultura e a pesca declinaram até formas quase residuais”.

Foi ainda referido que, infelizmente, “o desenvolvimento teve elevada dependência externa, senão mesmo excessiva”. Nenhum território deverá descurar equilíbrios estáveis da sua sustentabilidade, incluindo um nível adequado de auto-suficiência. Por isso, acrescentaram, “torna-se necessária uma visão que afaste as incertezas do futuro e a precariedade das soluções”.

Por fim, sabendo que o endividamento público e privado é condicionante grave, lamentaram que, além do défice contabilístico, “se tenha acumulado desinvestimento”. Foi dado como exemplo, que “o tempo de viagem entre Lagos e Portimão, pela EN125, é praticamente o mesmo de há 50 anos”, apesar das benfeitorias na estrada, e “o serviço ferroviário ainda está pior”.

Este balanço limitou-se ao tempo disponível. Os próximos Encontros de 5ª Feira pretenderão analisar, a 6 de Junho, “a sazonalidade e a saturação turística” e, a 4 de Julho, “as alterações climáticas e a gestão da água”, relativamente a Lagos, podendo os nossos leitores enviar, desde já, os seus contributos para a discussão.

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