O Museu da Extinção Marinha (MEM) – o «museu que não devia existir», abre hoje as suas portas virtuais para mostrar aos visitantes a importância da preservação das áreas marinhas protegidas em Portugal e de toda a biodiversidade que nelas habita.
O MEM, uma obra do arquitecto Ricardo Bak Gordon para o projecto científico BiodivAMP, vai apresentar a riqueza natural das nossas áreas marinhas protegidas através dos seus mais preciosos recursos: as espécies que as habitam. Ao longo de Agosto e Setembro, irá espalhar totens em praias pertencentes a áreas marinhas protegidas do nosso país, que servirão como porta de entrada para o museu virtual, entre elas a Figueirinha, Ofir e Zambujeira do Mar.
Gonçalo Silva, investigador e responsável pela liderança do projecto, considera que «a degradação dos oceanos e o declínio da biodiversidade é um problema à escala mundial provocado pelo Homem. Temos de resolver este problema com a máxima urgência, se queremos inverter a tendência de autodestruição. Como só conseguimos proteger o que conhecemos, é da maior importância que as pessoas saibam e valorizem o que têm “no seu quintal” – motor que fez nascer a ideia deste museu. As Áreas Marinhas Protegidas são essenciais a uma gestão regulada do oceano, visam a sustentabilidade dos recursos e a proteção da biodiversidade, e devem ser protegidas por todos nós, ou arriscamo-nos a perder todo este capital natural de vez».
Este projecto é liderado pelo ISPA – Instituto Universitário e pelo MARE, e reúne especialistas da Naturalist, ANP | WWF, CCMAR, Câmara Municipal de Esposende, EcoAlga, Instituto Politécnico de Leiria e Museu de História Natural do Funchal. É financiado pelo Fundo Azul e tem como objectivo o desenvolvimento de ferramentas para monitorizar e proteger a biodiversidade em AMPs ao longo da costa portuguesa.
Saiba mais aqui.