De acordo com a Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), Portugal integra agora a lista dos Membros da Organização Marítima Internacional (IMO) que já designaram os Marítimos como trabalhadores essenciais.
Reconhece-se o papel crucial desempenhado pelo sector do transporte marítimo internacional e pelos Marítimos, principalmente no momento pandémico em que vivemos, para a manutenção de cadeias de abastecimento globais, assegurando a circulação de 90% dos bens, incluindo os materiais médicos de primeira necessidade, produtos alimentares e combustível.
Esta iniciativa é essencial para excepcionar os Marítimos das restrições relacionadas com a Covid-19 impostas nas viagens permitindo que as deslocações para os navios onde vão exercer funções. Permite também, no final dos contratos, o devido repatriamento, evitando assim o incumprimento e violação das regras da Convenção do Trabalho Marítimo (MLC, 2006), com extensão de validade de contratos que chegam a atingir os dois anos.
Adicionalmente, vem potenciar o estabelecimento de prioridade de vacinação para este grupo de profissionais essenciais, reforçar o pleno e cabal cumprimento das disposições da MLC, assegurar a prestação de cuidados médicos imediatos e em situações de emergência, bem como o acesso a instalações médicas em terra, independentemente da nacionalidade e, se necessário, a uma repatriação de emergência.