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Nutricionistas preocupados com hábitos alimentares dos portugueses exigem acção governamental imediata

Nutricionistas preocupados com hábitos alimentares dos portugueses exigem acção governamental imediata

Hábitos alimentares inadequados estão entre os 5 factores que mais contribuem para a perda de anos de vida saudável
 

A Ordem dos Nutricionistas exige uma acção governamental imediata que possa dar resposta aos maus hábitos alimentares dos portugueses, que foram este sábado, dia 31 de Outubro, conhecidos com a divulgação do relatório anual do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS).

Segundo o documento divulgado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS), o elevado consumo de carne vermelha, o baixo consumo de cereais integrais e o elevado consumo de sal são os hábitos que mais contribuem para a perda de anos de vida com saúde dos portugueses.

“Estes resultados reforçam aquilo que temos vindo a defender: é preciso mais ritmo e mais intensidade por parte do Governo para a alteração dos hábitos alimentares nacionais que, como vemos, são responsáveis por grande parte das doenças que assolam a vidas dos portugueses. Estas doenças são, inclusive, fatores de risco para a COVID-19 e não podem, em momento algum e perante esta crise pandémica, ser secundarizadas”, salienta Alexandra Bento, bastonária da Ordem dos Nutricionistas.

Os dados apresentados no relatório do PNPAS referem-se aos hábitos alimentares dos portugueses em 2019 e, com base nos resultados do REACT-COVID – o inquérito sobre alimentação e actividade física em contexto de contenção social –, a alimentação nacional piorou significativamente este ano.

Para a Ordem dos Nutricionistas “as conclusões hoje conhecidas deixam-nos adivinhar um aumento claro das doenças crónicas associadas à alimentação nos próximos tempos e, se não se tomarem medidas imediatas, o retrato da saúde nacional vai degradar-se de ano para ano.”

Recorde-se que cerca de 45% dos inquiridos num estudo da DGS, realizado em Maio de 2020, disse ter mudado hábitos alimentares durante o período de confinamento, com quase 42% a admitirem ter sido para pior.

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