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Mais de um terço das pessoas que iniciam tratamento por diálise têm diabetes, alerta APDP

Mais de um terço das pessoas que iniciam tratamento por diálise têm diabetes, alerta APDP

Associação reforça preocupação em relação à alta taxa de mortalidade das pessoas com ambas as patologias

A propósito do Dia Mundial do Rim, assinalado anualmente na segunda quinta-feira de março, a Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal (APDP) alerta para o facto de cerca de 30% dos novos casos de diálise serem causados pela diabetes e reforça a necessidade de intervenção em fases mais precoces. Estima-se que, em 2040, a doença renal crónica venha a ser a quinta causa de mortalidade, sendo a diabetes o seu principal fator de risco.

“A diabetes é uma doença que está na origem de muitas outras patologias, como é o caso da doença renal crónica. Os rins são afetados pelo nível elevado de açúcar no sangue, havendo gradualmente uma redução do seu funcionamento.”, explica João Filipe Raposo, diretor clínico da APDP, acrescentado que “é crucial haver um diagnóstico precoce, logo nas primeiras fases da doença renal, antes de esta chegar às suas formas mais graves”.

“Atualmente, o número de pessoas a fazer diálise é extremamente alto, ainda assim, não existe uma política de combate à insuficiência renal, conforme acontece relativamente a outras patologias. A diálise tem um impacto muito pesado e traduz-se numa significativa perda da qualidade de vida, além do encargo que representa para o Sistema Nacional de Saúde. A prevalência desta doença não tem aumentado, mas a custo da mortalidade que provoca.”, remata José Manuel Boavida, presidente da APDP.

A doença renal crónica consiste numa lesão com perda progressiva e irreversível da função renal. Pode atingir pessoas de qualquer idade ou género, mas a sua incidência é maior em adultos e idosos. Em Portugal, estima-se que mais de 800 mil pessoas sofram desta doença, existindo atualmente cerca de 13 mil pessoas dependentes de diálise. A diabetes, a obesidade e a hipertensão arterial são os três fatores que mais contribuem para que no futuro os números possam ser ainda mais altos, razão pela qual o diagnóstico e o tratamento precoce são fundamentais.

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