(Z1) 2020 - CM de Vila do Bispo - Um concelho a descobrir
(Z4) 2024 - Natal em Lagos

Diagnóstico do autismo tem aumentado, mas células estaminais podem ser resposta eficaz

Diagnóstico do autismo tem aumentado, mas células estaminais podem ser resposta eficaz

Antes considerada uma doença rara, estima-se que o autismo afete hoje uma em cada 100 pessoas em todo o mundo. Nos EUA, 1 em cada 59 crianças é afetada por esta patologia, já encarada hoje como um conjunto de doenças: as perturbações do espectro do autismo.

“Nas últimas décadas, estudos de prevalência têm mostrado um aumento dos casos, por via de uma maior consciencialização de profissionais de saúde e familiares, bem como pelas alterações nos critérios de diagnóstico e diagnósticos em idades mais jovens”, afirma João Sousa, diretor de qualidade do laboratório de tecidos e células BebéVida.

“Contudo, e apesar de diagnósticos mais atempados, ainda há um caminho importante a percorrer no que respeita ao tratamento”, recorda o especialista, a propósito do Dia Mundial do Autismo, que se assinala a 2 de abril, mês que a comunidade internacional dedica em todo o mundo à consciencialização para esta doença.

Estudos já realizados nos EUA, com participação da investigadora e médica hematologista pediátrica Joanne Kurtzberg, provaram a viabilidade e segurança de transplantes autólogos de células estaminais provenientes do sangue do cordão umbilical em crianças com perturbações do espectro do autismo.

“Este é um ano de grande expectativa no que respeita às terapias celulares. Aguardamos os resultados do mais recente estudo da professora Joanne Kurtzberg e cremos que serão muito prometedores para o futuro do tratamento destas perturbações”, conclui João Sousa.

Joanne Kurtzberg integrou a equipa que realizou o primeiro transplante de células estaminais tendo como fonte o cordão umbilical, em 1988, e tem até hoje dedicado grande parte do seu trabalho à aplicação de células estaminais no tratamento de crianças com autismo e paralisia cerebral, tendo registado já resultados positivos.

A médica liderou equipas que realizaram infusões de células estaminais um pouco por todo o mundo, tendo tratado também crianças portuguesas que receberam transplantes autólogos no âmbito destas patologias.

As perturbações do espectro do autismo caraterizam-se por persistentes dificuldades na comunicação e interação sociais e também por padrões repetitivos no comportamento, atividades ou interesses.

  • PARTILHAR   

Outros Artigos