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Campanha alerta para a importância da vacinação no doente oncológico

AICSO em parceria com a DGS e sociedades médicas lança campanha dirigida à população e a profissionais de saúde porque a vacinação faz parte da prevenção do cancro e das suas complicações
Campanha alerta para a importância da vacinação no doente oncológico

A Associação de Investigação de Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) em parceria com a Direcção-Geral da Saúde (DGS) vai lançar uma campanha de sensibilização para levar os doentes oncológicos a procurarem mais informação sobre vacinação junto dos seus médicos assistentes e, em simultâneo, estimular os oncologistas e médicos de família a esclarecerem os seus doentes e a desmistificarem algumas questões associadas a esta temática.  

A campanha vai ser apresentada na sexta-feira, dia 7 de Outubro, na sessão comemorativa dos 57 anos do Programa Nacional de Vacinação a realizar em Lisboa, no Auditório do Centro de Saúde de Sete Rios, a partir das 10 horas. Desenvolvida em colaboração com diversas associações e sociedades profissionais na área da saúde, a acção de sensibilização vai prolongar-se até à Semana Mundial da Vacinação, que se assinala todos os anos em Abril.

Se é doente oncológico, aponte esta palavra na próxima consulta… vacinação”, é a mensagem que a AICSO e a DGS escolheram para sensibilizar os doentes oncológicos para a importância da vacinação. Para os médicos e profissionais de saúde a mensagem é: Maior protecção para o doente oncológico, está nas suas mãos”.

Andreia Capela, presidente da AICSO e médica oncologista no Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia – Espinho, explica que “há vacinas que previvem o cancro”. Dá como exemplo, a vacina contra o vírus do HPV (vírus do papiloma humano) que está comprovadamente relacionada com vários tipos de cancro: colo do útero (com o HPV a ser responsável por quase 100% de todos os casos), vagina, ânus, vulva, pénis e orofaringe. O outro exemplo é a vacina contra o vírus da Hepatite B, que pode prevenir o cancro do fígado.

A incidência e a prevalência das doenças oncológicas têm aumentado em todo o mundo e Portugal não é excepção. Em 2018, e segundo dados do Registo Oncológico Nacional, foram diagnosticados mais de 50 mil novos casos no nosso país. O envelhecimento da população, a maior exposição a agentes carcinogénicos ambientais (como o tabaco, o álcool, a radiação UV, entre outros), ou biológicos, como os vírus do papiloma humano e das hepatites, ajudam a explicar estes números. Tal como a adopção generalizada pela população ocidental de estilos de vida mais sedentários, com menor prática de actividade física, ou dietas alimentares pobres em hortofrutícolas e fibras.

A oncologista refere que “o doente oncológico é, na grande maioria das situações, um doente de elevado risco para infecção, pela imunossupressão provocada pela própria doença, assim como pelos diversos tratamentos, e ainda por apresentar frequentemente outros factores de risco, como desnutrição, idade avançada, disfunção de pelo menos um órgão, entre outros, pelo que a vacinação deve ser encarada como forma de diminuir o risco de incidência e/ou gravidade de algumas infecções”.

Acrescenta que a responsabilidade de garantir a adequada vacinação destes doentes deve ser, sempre que possível, partilhada entre o próprio doente, o oncologista que o acompanha e o seu médico de família”. Mas, sublinha que, para tal acontecer “é necessário que haja um conhecimento adequado e transversal acerca desta temática”. A campanha de sensibilização e informação visa, por isso, dois grandes públicos-alvo: doentes e cuidadores, por um lado, e profissionais de saúde, por outro.

Com a pandemia, a vacinação ganhou uma importância e destaque suplementar, pelo que a comunidade, no geral, está mais do que nunca sensibilizada para este tema. Assim, julgamos que este é o momento ideal para transmitir e partilhar informação credível e eliminar alguns mitos, acerca da vacinação neste grupo específico de pessoas”, refere Andreia Capela.

Entre as acções previstas está a sensibilização para a importância e indicações sobre a vacina contra o HPV, o vírus da hepatite B, a gripe, SARS-CoV-2, pneumocócica, herpes zoster e ainda a vacinação de viajantes. “É importante que as pessoas e os profissionais de saúde conheçam o Programa Nacional de Vacinação e o seu cumprimento na doença oncológica. No caso específico dos profissionais de saúde é de extrema importância esclarecer sobre as vacinas contraindicadas nos doentes sob tratamentos imunossupressores, como a quimioterapia, salienta.

Para saber mais sobre a campanha e fazer o download dos cartazes aceda ao site da AICSO. Ajude-nos a passar a mensagem!

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Associações e sociedades médicas parceiras

Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANMSP)

Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF)

Associação de Enfermagem Oncológica Portuguesa (AEOP)

Sociedade Portuguesa de Enfermagem Oncológica (SPEO)

Sociedade Portuguesa de Enfermagem de Saúde Familiar (SPESF)

Sociedade Portuguesa de Doenças Infeciosas e Microbiologia Clínica (SPDIMC)

Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH)

Sociedade Portuguesa de Medicina do Viajante (SPMV)

Sociedade Portuguesa de Oncologia (SPO)

AICSO  

A Associação de Investigação e Cuidados de Suporte em Oncologia (AICSO) é uma associação portuguesa sem fins lucrativos de interesse público fundada em 2001. Dedica-se à investigação, implementação e qualificação profissional em cuidados de suporte baseados em evidência em Oncologia. A AICSO promove informações ao público e eventos públicos para aumentar a consciencialização sobre o atendimento interdisciplinar centrado no paciente de pessoas que vivem com e para além do cancro.  

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