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Resultados eleitorais nas Europeias consolidam o Bloco como a 3.ª força política no Algarve

Resultados eleitorais nas Europeias consolidam o Bloco como a 3.ª força política no Algarve

A Comissão Coordenadora Distrital do Bloco de Esquerda/Algarve, ao analisar os resultados eleitorais na região, decorrentes das últimas eleições europeias, considera muito preocupante o nível de abstenção atingido no Algarve, 73,08%, mesmo superior à percentagem de abstenção a nível nacional (69,05%), o que se traduz em apenas 25,08% dos votos expressos nas forças políticas, considerando o total dos eleitores inscritos nos cadernos eleitorais.

Este nível record de abstenção, no Algarve e a nível nacional, podem justificar-se pelas políticas europeias contrárias aos interesses dos cidadãos, pela imposição de medidas austeritárias e repressivas e pelo parasitismo e corrupção que grassam nas instituições da UE. Diversas políticas governamentais, deste e de anteriores governos, subservientes aos ditames europeus e à finança corrupta também contribuem para agravar a abstenção.

A Coordenadora do BE/Algarve saúda o PS como a 1.ª força mais votada na região, alertando no entanto, que euforias desmedidas não são boas conselheiras, pois este partido alcançou apenas mais 3,2% do que em 2014, o que corresponde a cerca de 9% do total dos eleitores inscritos para votar. As medidas do atual governo, em que falhou o investimento público na região não priorizando a melhoria dos serviços públicos, com destaque para o SNS, a Escola Pública e os serviços dos CTT, a persistência dos graves problemas da mobilidade regional – continuação das portagens, problemas gritantes e inultrapassáveis com a EN125, degradação da ferrovia regional – não deram ao PS os resultados eleitorais que ambicionava.

O Bloco/Algarve também saúda o PAN pelos resultados expressivos que obteve no Algarve e no país. Quanto à CDU, apesar de ter obtido no distrito de Faro apenas 7,3%, quando em 2014 atingiu 14,0%, continua a ser uma força política incontornável na esquerda na região e no país, e com a qual continuaremos a partilhar muitas lutas em comum.

O PSD e o CDS foram os grandes derrotados nestas eleições, pelas ambições que almejavam no Algarve. PSD apenas conseguiu 16,9% e CDS 4,7%, totalizando 21,9%, quando coligados em 2014 tinham alcançado 21,6% - perderam assim 1.182 votos. Os algarvios ainda têm bem presentes na memória os tempos negros do governo Passos/Portas.

O Bloco de Esquerda congratula-se pelos bons resultados obtidos, confirmando-se como a 3.ª força política no Algarve, a seguir ao PS e ao PSD. Obteve agora 12,9% (13.254 votos), quando em 2014 tinha tido 6,9% (7.340 votos) – mais 6,0% (+5.914 votos). A nível distrital foi o 2.º melhor resultado bloquista a nível nacional, com 12,94%, suplantado, apenas por pequena margem, pelo distrito de Coimbra, no qual conseguiu alcançar 13,01%.

Os bons resultados obtidos pelo Bloco no Algarve são ainda mais ampliados, pelo facto de termos conseguido ser a 2.ª força política regional, à frente do PSD, em concelhos como Portimão (14,94%), Lagos (14,77%) e Olhão (14,75%). Faro também atingiu os expressivos 14,04%. Com exceção de Alcoutim, em todos os outros concelhos algarvios o Bloco de Esquerda alcançou resultados eleitorais acima dos 10%.

As melhores votações do Bloco nas freguesias algarvias acima dos 15% são: Barão de S. Miguel (Vila do Bispo) – 18,5% (22 votos); Conceição e Cabanas (Tavira) – 16,0% (100 votos); Alferce (Monchique) – 16,0% (21 votos); Quelfes (Olhão) – 15,8% (548 votos); Pechão (Olhão) – 15,7% (129 votos); S. Sebastião e S. Clemente (Lagos) – 15,4% (742 votos); Vila do Bispo e Raposeira (Vila do Bispo) – 15,4% (45 votos); Portimão – 15,2% (1.683 votos); e Montenegro (Faro) – 15,2% (366 votos).

O Bloco de Esquerda encontra-se no bom caminho no Algarve e em todo o país e o que importa é continuar a trabalhar, mais e melhor, em prol do bem-estar e de melhor qualidade de vida para as populações da região. Pela defesa e melhoria do SNS, da Escola Pública, por uma melhor mobilidade, pelo trabalho com direitos e o combate à precariedade, o combate pela descarbonização da economia e a resposta à emergência e às alterações climáticas, a luta contra a pobreza e a exclusão social, pelo direito à habitação para todos, pela justiça fiscal e pela diversificação e sustentabilidade económica.

O Bloco de Esquerda/Algarve agradece a todas e a todos a confiança depositada. O que podemos prometer é mais e melhor trabalho em prol do Algarve e das suas gentes que vivem e labutam na região.

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