Ao contrário do que era esperado pelo domínio e supremacia demonstrado nos dias anteriores, Bart Swings e Gabriela Vargas Sarmiento deixaram a vitória escapar para Jason Suttels e Aura Quintana.

Terminou no início desta tarde a II.ª Edição do Madeira Roller Skate, num dia que foi difícil para a organização e concorrentes, sobretudo pela presença de muita chuva pela manhã cedo no Funchal. A Maratona sénior (feminina e masculino) já se realizou sem chuva, mas com a estrada muito molhada.

Recorde-se que a II.ª Edição do Madeira Roller Skate contou com três eventos: Biosfera Roller Skate 2023 (8/9 de Junho), Calheta Roller Skate 2023 (10 de Junho) e Madeira Roller Marathon 2023 e que se realizou esta manhã. Apesar da espetacularidade e da emoção das provas, existiram muitas quedas que terão tido influência nas vitórias finais.

Por culpa da chuva, a organização decidiu cancelar as provas de 100 metros, para preservar a integridade dos atletas e avançou para a realização da Nano Marathon, seguida da Maratona.

Na Maratona (de 42,195 km), que representou 13 voltas à Avenida Sá Carneiro e Avenida das Comunidades Madeirenses, saíram dois vencedores que não tinham estado em destaque nos três dias anteriores.

A Maratona masculina foi vencida pelo belga Jason Suttels, com o grande vencedor dos últimos dias, Bart Swings a ficar-se pelo segundo lugar. Importa referir que foi uma prova sem mácula da equipa Powerslide Internacional que ocupou todo o pódio. Bart Swings, Campeão Olímpico, fez aqui uma prova irrepreensível tendo ganho uma vantagem enorme sobre os concorrentes, mas depois esperou por Jason Suttels que tinha tido uma queda. As últimas quatro voltas foram feitas com ambos a terem uma vantagem muito grande sobre os restantes. No final, venceu Jason Suttels.

Nota para a incrível prova do madeirense Edgar Freitas que terminou no 4.º lugar da geral, tendo deixado o pódio escapar no último segundo de prova para Felix Rijhnen. Edgar Freitas, do CDR Santanense, treina para a Maratona na estrada que dá acesso à Pista de Patinagem do Faial.

Na Maratona feminina, a colombiana Aura Quintana venceu pelo segundo ano consecutivo a prova, com uma vitória muito apertada sobre a Campeã Mundial, Gabriela Vargas Sarmiento. Marine Balanant fechou o pódio, tendo sido um segundo mais lenta que a vencedora.

Jason Suttles, estava felicíssimo pela vitória.

“Eu gosto muito de correr aqui. Hoje estava a chover, mas normalmente está sempre bom tempo, é quase um paraíso aqui. Foi uma vitória difícil, o piso estava molhado, os patins ficam escorregadios. É a minha primeira vitória numa prova internacional de maratona. Agora é continuar. Só tenho 22 anos, vou continuar a fazer tudo para continuar a vencer.

Fizemos um bom trabalho de equipa com o Bart, ele é super forte e super rápido, tem um grande ritmo. Tenho de agradecer por me ter apoiado, ter esperado por mim quando eu liderava e caí, depois ele esperou e ajudou-me a conquistar a minha primeira vitória internacional.

Aura Quintana, vencedora da maratona feminina, não esperava a vitória.

“Para mim foi uma corrida muito difícil porque sinto que não estou na minha melhor forma. Quero fazer o meu melhor, quero fazer mais, mas não sempre é fácil. No final da corrida estava indecisa sobre se atacava ou via como estavam as minhas adversárias, mas depois decidimos atacar para ver se conseguia ganhar a corrida e tive sucesso.

Bart Swings, conquistou cinco títulos na II.ª Edição do Madeira Roller Skate.

“Foi uma boa vitória do Jason. Ele está cada vez mais forte. Fizemos um ótimo trabalho de equipa. No final, não me sentia tão bem e por isso o Jason conseguiu escapar. Consegui somar quatro vitórias. É um número perfeito. Sinto-me mesmo feliz por isso. E estou feliz pela forma que demonstrei cá e pelas vitórias somadas. A competição foi muito bem organizada.

Gabriela Vargas Sarmiente, vencedora de cinco títulos.

“Foi uma boa maratona apesar do segundo lugar. O grupo da frente tentou atacar sempre que foi possível o que manteve o ritmo muito alto. A Aura e a Marine correm no Circuito Mundial todo o ano e foi bom correr com elas. A apenas uma volta para o fim tive uma pequena queda, mas consegui regressar ao grupo e sprintar. A Ilha é muito bonita e as pessoas muito agradáveis. Foi um evento magnífico e espero voltar para o ano.

Já o madeirense Edgar Freitas, do CDR Santanense, fez um brilhante 4.º lugar.

“Foi bom poder estar perto do público e da minha família. Senti-me bem no grupo de fuga. O ritmo era muito alto, no final já não tive pernas. Cheguei a pensar que podia fechar o pódio, pensava que me tinha poupado o suficiente para o final da prova, mas o meu adversário foi mais forte. Fiquei feliz pela minha prestação.

As condições de treino não são as ideais, mas temos de ser gratos pelo que temos ao nosso redor e acreditar no progresso e que um dia vai ser possível terminar em primeiro lugar.