O primeiro Encontro de 5ª Feira deste ano, que o Grupo dos Amigos de Lagos promoveu para recolha de ideias e projectos a desenvolver, por iniciativa própria, em 2019, e que decorreu, como sempre, na Biblioteca Municipal Dr. Júlio Dantas, reflectiu sobre os motivos da fraca participação.

O futuro da associação, que há mais de 25 anos se empenha na construção de uma comunidade criativa, activa e atractiva, foi igualmente questionado. De certo modo, “o associativismo tem estado na mão de partidos políticos, às vezes até sem razão de ser”, e falta disponibilidade para cada um participar em iniciativas genéricas como “estes encontros, em que pessoas interessadas e com ideias plurais falam civicamente”.

Com efeito, a vida da cidade e dos lacobrigenses de todas as idades está bastante ausente do diálogo e das preocupações colectivas. Foi apontado que “Lagos é maravilhosa em vários aspectos e tem muitas potencialidades, designadamente, na área da História”. Foi também sugerido que, “por ser uma cidade de famílias, há que trabalhar para que, no futuro, seja cada vez mais para as famílias”. Importa ainda saber “integrar os reformados de outros países, que aqui vivem e que querem participar em projectos comunitários”. Torna-se igualmente necessário que as camadas mais jovens sejam chamadas e lhes sejam dadas condições de desenvolverem um trabalho com proveito próprio e de toda a comunidade.

Foi, por fim, reconhecido que “a democracia tem de viver da participação das pessoas” e o Grupo dos Amigos de Lagos deverá continuar a contribuir para isso.