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Lagos fez balanço do ano

Lagos fez balanço do ano

– “Desenvolvimento modesto e modéstia acumulada” – opinião expressa no Encontro de 5ª Feira

No encerramento do ciclo “Viver em Comunidade”, projecto desenvolvido em ao longo do ano pelo Grupo dos Amigos de Lagos, a reflexão do passado Encontro de 5ª Feira – que, como sempre, decorreu na Biblioteca Dr. Júlio Dantas – foi sobre “Lagos e a sua evolução em 2019”.

Todos se mostraram conscientes de que, num ano e com eleições de permeio, não seria de esperar mudanças muito visíveis. No entanto, concordaram que, de iniciativa pública, foi positivo o passadiço a poente da Ponta da Piedade, a requalificação de duas áreas de estacionamento, a criação de uma nova carreira urbana, mantendo-se as restantes, a abertura de novas instalações desportivas descobertas junto ao estádio, assim como a dragagem no canal de acesso ao porto de pesca e à marina. No âmbito da iniciativa privada, destacou-se a Congelagos, investimento na área estratégica do pescado e moluscos.

Como notas negativas, os impactos do globalismo na região, com a dependência crescente do exterior e a intensificação do aproveitamento económico do mercado interno e dos recursos locais, com menores benefícios para os locais. Os empregos criados não são ocupados pelas populações próximas mas pelo afluxo de novos candidatos ao trabalho, provenientes de lugares distantes, que rebaixam as condições e esgotam a oferta habitacional, sujeitando-se a alojamentos partilhados. Este fenómeno tem tendência a reproduzir nas zonas urbanas novas bolsas de pobreza e marginalidade, como as que houve durante a industrialização, pois o custo do arrendamento assemelha-se ao dos salários praticados.

 Relativamente à gestão municipal, achou-se que “grande parte do orçamento ainda está cativa para pagar investimentos do passado, como é o caso do edifício dos paços do concelho, que nem é propriedade municipal”. Também a informação sobre vários assuntos foi considerada “opaca” e fraca a capacidade de resposta ao investidor.

Por fim, foi dito que é necessário “debater e encontrar soluções para os nossos problemas”, pois, “se não gostarmos da nossa terra, quem é que gosta?”

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