(Z1) 2024 - CM de Vila do Bispo - Festival do Perceve

Quatro ranchos folclóricos do Algarve animam 10.º Encontro “Cantar das Janeiras e Reis “ na Igreja Matriz de Odiáxere, no concelho de Lagos, que enche com mais de 150 pessoas para reviver tradições

Quatro ranchos folclóricos do Algarve animam 10.º Encontro “Cantar das Janeiras e Reis “ na Igreja Matriz de Odiáxere, no concelho de Lagos, que enche com mais de 150 pessoas para reviver tradições

Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere (Lagos), promotor da iniciativa, Rancho Folclórico do Calvário (Lagoa), Grupo Folclórico e Etnográfico Amigos do Montenegro (Faro) e, pela primeira vez, Grupo de Cantares de Janeiras de Alcantarilha (Silves) participaram neste evento até perto das 23h.15m. da noite de 14 de Janeiro de 2023.

«Depois da pandemia, estamos cá vivos», saudou Luís Morgado, presidente da colectividade anfitriã.

Manter esta tradição popular foi a principal mensagem transmitida aos presentes.

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Muita alegria

E paz também

Muita saúde

Até para o ano que vem

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Este foi um dos cânticos mais escutados e que mais encantou o público presente na Igreja Matriz de Odiáxere, situada no Largo da Liberdade, nesta localidade do concelho de Lagos, a partir das 21h.15m. do passado sábado, dia 14 de Janeiro de 2023, para assistir ao “10º. Encontro de Cantares de Janeiras - Vamos Cantar os Reis”, o qual contou com a participação do Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere, do Rancho Folclórico do Calvário (do concelho de Lagoa), do Grupo Folclórico e Etnográfico Amigos do Montenegro (do concelho de Faro) e, pela primeira vez, do Grupo de Cantares de Janeiras de Alcantarilha, vila pertencente ao município de Silves.

A poucos metros do espaço reservado para a actuação individual de cada um dos ranchos, perto de altar principal do templo, podiam ver-se um presépio no lado esquerdo e no banco da frente, a vereadora da Câmara Municipal de Lagos Sara Coelho, o presidente da Junta de Freguesia de Odiáxere, Carlos Fonseca, e o presidente da Junta de Freguesia de São Gonçalo de Lagos, Carlos Saúde acompanhado por Neusa Rocha e Olga Fazenda, enquanto no banco ao lado estava o Diácono Nuno Francisco, responsável pela Paróquia de Odiáxere.

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Chouriças eram “esmola” noutros tempos no Cantar das Janeiras e dos Reis de porta em porta, lembra elemento do Grupo Folclórico e Etnográfico Amigos do Montenegro

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«Obrigado por terem vindo. Depois da pandemia, estamos cá vivos», começou por dizer Luís Morgado, presidente da Direcção do Rancho Folclórico de Odiáxere, organizador deste evento, às mais de 150 pessoas que encheram a Igreja Matriz, de Nossa Senhora da Conceição, nesta localidade. Após alguns segundos às escuras, pelas 21h.15m. voltaram a acender-se as luzes e ao som de aplausos do público entrou o Rancho Folclórico dos Amigos do Montenegro (Faro), constituído por mais de duas dezenas de elementos. As senhoras usaram lenços na cabeça e entre os homens viam-se, nomeadamente dois acordeões, ferrinhos e tambores. Um membro do grupo recordou, entre várias canções durante cerca de quatro minutos cada uma, como era noutros tempos esta tradição dos Cantar das Janeiras e a Oração dos Reis de porta em porta e dentro das casas nas povoações, bem como a ‘esmola’ que recebiam, como por exemplo chouriças.

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“Não há noite mais bonita

Do que a Noite de Natal

Nasceu o Deus Menino

Antes do Galo Cantar

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“Muita alegria

e paz também

Muita saúde

Até para o ano que vem”

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Entre o público que acompanhava as canções, a vereadora da Câmara Municipal de Lagos Sara Coelho, discretamente ia batendo os pés com as suas botas pretas, associando-se à dança, enquanto que mais atrás várias pessoas registavam a actuação do Rancho Folclórico dos Amigos do Montenegro, com filmagens e fotos através de telemóveis.

Pouco depois de ter oferecido uma caixa com um bolo-rei, uma garrafa de vinho do Porto e um diploma de participação neste encontro, Carlos Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Odiáxere, saudou a assistência neste encontro de Janeiras e dos Reis, após uma paragem de dois anos devido à Covid-19. «É bom estarmos juntos na nossa Igreja cheia, observou o autarca. Já Filipe Morgado, dirigente do Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere, após admitir que o ano de 2023 pode ser complicado, apresentou votos de “muita saúde e trabalho” para “vencer dificuldades. Pelas 21h.34m., os membros do Rancho Folclórico dos Amigos do Montenegro deram por concluída a sua exibição.

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Membro do Rancho Folclórico do Calvário recorda o que o povo cantava nesta altura do ano nas casas das pessoas

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Passados três minutos, seguiu-se a entrada do Rancho Folclórico do Calvário (Lagoa), com duas dezenas de elementos, na Igreja. Os homens, entre os quais se viam guitarras e um acordeão, tinham chapéus e bonés pretos, enquanto que as senhoras apresentavam lenços nas cabeças e xailes como trajes típicos. Um membro do grupo recordou o que o povo cantava nesta altura do ano nas casas das pessoas, onde recebiam uma “esmola.”

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Haja alegria

e paz também

Muita saúde

Até para o ano que vem”

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Foi um dos cânticos que o público, entusiasmado e a acompanhar, abanando o corpo, teve oportunidade de escutar, entre as 21h.45m. e as 21h.48m. e das 21h.50m. às 21h52m, após o que o presidente da Direcção do Rancho Folclórico do Calvário, Henrique Alberto, desejou a todos um “Feliz Ano de 2023”, depois de receber, também, uma caixa com bolo-rei, uma garrafa de vinho e um diploma enrolado numa fita.

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Uma senhora do Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere traz à memória outros “tempos difíceis”, enquanto que um homem pede dinheiro para um saco e aparecem os Reis Magos

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Ao som de palmas do público, foi, então, a vez de o Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere, anfitrião deste encontro, entrar em cena pelas 22h.00m., com duas dezenas de elementos - as senhoras usando xailes e lenços nas cabeças e os homens samarras. Um acordeão, ferrinhos e tambores, entre outros instrumentos musicais, faziam parte da orquestra. E uma vez mais se ouviu:

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“Haja alegria

e paz também

Muita saúde

Até para o ano que vem”

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E depois:

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“Alegrem-se os céus e a terra

Cantemos com alegria

Nasceu o Deus Menino

Filho da Virgem Maria”

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Uma senhora deste grupo foi apresentando os cânticos da quadra festiva e recordou outros “tempos difíceis”, com “pessoas muito inteligentes” a cantarem de porta em porta. “Temos de continuar a manter esta tradição”, desafiou. E um homem, vestindo uma samarra, ia colocando um saco branco junto às pessoas sentadas nos bancos da igreja, para recolher dinheiro. Mas nem todas aderiram. Perto do Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere, estavam os três Reis Magos (duas mulheres e um homem com a cara pintada de preto), além de um indivíduo com traje branco na cabeça.

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“Os anjos cantam

Tocam os sinos

Lá em Belém

Ele nasceu para nosso bem”

ouviu-se a determinada altura.

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Sara Coelho, vereadora da Câmara Municipal de Lagos, enaltece o “trabalho de pesquisa de todos os ranchos folclóricos para os cantares neste início do ano”

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Coube, depois, à vereadora do executivo camarário de Lagos, Sara Coelho, proceder à entrega de uma caixa com um bolo-rei, um garrafa de vinho do Porto e um diploma de presença ao Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere. A autarca aproveitou para destacar o “trabalho de pesquisa de todos os ranchos folclóricos para os cantares neste início do ano” e desejar “um excelente 2023.”

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“Temos de manter estas tradições para as futuras gerações. É importante que as tradições continuem e não fiquem esquecidas”, apela apresentador do Grupo de Cantares de Janeiras de Alcantarilha

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Por fim, eram 22h39m quando teve início a actuação do último conjunto neste espectáculo, o Grupo de Cantares de Janeiras de Alcantarilha (Silves), presente pela primeira vez no encontro promovido em Odiáxere, e com duas dezenas de elementos, entre os quais uma menina. Duas violas, um saxofone, tambores e um acordeão, entre outros instrumentos, fizeram parte da orquestra a cargo dos homens, usando bonés e chapéus. Um homem cantava e os restantes membros do grupo repetiam os cânticos. Por exemplo:

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“Numa choupana

Nasceu Jesus

Numa cabana

Cheia de luz”

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“A noite é fria

E bem comprida

Haja alegria

Na nossa vida”

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Uma vez mais, o público, entusiasmado, foi acompanhando com palmas e abanando o corpo, ao som da música e em jeito de dança.

Depois, o apresentador deste grupo também recordou os tempos em que “cantávamos à porta” das habitações e deixou um apelo: “Temos de manter estas tradições para as futuras gerações. É importante que as tradições continuem e não fiquem esquecidas.”

Já na entrega, igualmente, de uma caixa com um bolo-rei, uma garrafa de vinho do Porto e um diploma, o presidente da Junta de Freguesia de São Gonçalo de Lagos, Carlos Saúde, depois de ter dito que “vamos descansados, as tradições mantêm-se”, lançou um recado, ao afirmar que “com um trambolhão a gente levanta-se”, desejando “um excelente ano de 2023” a todos.

E a concluir, já pelas 23h13m, o Grupo de Cantares das Janeiras de Alcantarilha despediu-se, mais uma vez, com este cântico:

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“Haja alegria

e paz também

Muita saúde

Até para o ano que vem”

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Grupo de Cantares de Janeiras de Alcantarilha actuou em Olhos d’Água, no concelho de Albufeira, pouco antes de chegar a Odiáxere em quatro viaturas particulares

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Pouco depois, os elementos dos quatro grupos folclóricos confraternizaram, numa ceia, na sede do Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere, onde não faltaram caldo verde, petiscos e doces.

Refira-se que o Grupo de Cantares de Janeiras de Alcantarilha, do concelho de Silves, antes de chegar, às 22h30m., à Igreja Matriz de Odiáxere, em quatro viaturas particulares, participou num outro espectáculo, pelas 21h00m., em Olhos d’ Água, no concelho de Albufeira. “Ensaiámos uma vez para este encontro, em Odiáxere, onde sentimos, numa igreja cheia, uma assistência muito humana e com o seu ADN para este tipo de espectáculos”, frisou, ao ‘Correio de Lagos’, João Brito, de 40 anos, elemento deste grupo.

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Luís Morgado, presidente da Direcção do Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere: “Todos os anos, tentamos sempre trazer grupos diferentes. Já tenho outros em contacto” para 2024

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“Foi uma noite diferente, bem passada. Os odiaxerenses, acho, estão satisfeitos com as nossas tradições que trouxemos aqui à igreja. É sempre de louvar a participação destes grupos. Tivemos a igreja cheia, mais magnífico para a gente e foi muito marcante para nós”, afirmou, à nossa reportagem, o presidente da Direcção do Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere, há 25 anos, Luís Morgado, ainda no interior da Igreja Matriz desta localidade do concelho de Lagos, pouco depois do final deste 10º. Encontro ‘Cantar das Janeiras’ e Reis.

“Todos os anos, tentamos sempre trazer grupos diferentes”, observou, acrescentando que “já tenho outros em contacto” para 2024. Recorde-se que pela primeira vez nesta iniciativa esteve presente o Grupo de Cantares de Janeiras de Alcantarilha, do concelho de Silves. Por outro lado, após “alguns anos em que não vinham cá”, o Rancho Folclórico do Calvário, do concelho de Lagoa, e o Grupo Folclórico e Etnográfico Amigos do Montenegro, sediado no município de Faro, voltaram a actuar nesta tradição em Odiáxere. “É uma grande amizade que temos com estes grupos”, salientou Luís Morgado.

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“Todas as sextas-feiras, a partir das 21.00 horas, a nossa sede está aberta para quem quiser aparecer para ensaiar connosco”

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O principal responsável pelo Grupo Folclórico e Etnográfico de Odiáxere voltou a lembrar que “todas as sextas-feiras, a partir das 21 horas, a nossa sede está aberta para quem quiser aparecer para ensaiar connosco”. “É com todo o gosto que nós recebemos lá as pessoas”, garantiu, neste convite aos interessados.

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“O que atrasou mais foi a pandemia [da Covid-19]. Atrasou muito, porque a juventude esteve durante dois anos ‘presa’ [em confinamento], não saia de casa e agora abriram-lhes as portas e eles [os mais novos] vão por outros caminhos, não tanto aqui pelo folclore. Mas eu estou esperançado de que um dia destes, nós vamos voltar a ver mais juventude no nosso rancho”.

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Questionado pelo nosso Jornal sobre a sua perspectiva de os mais jovens poderem dar continuidade a este tipo de tradições, numa altura em que se continua a ver pessoas, sobretudo idosas nestes ranchos folclóricos, Luís Morgado foi perentório: “Há muita juventude que está interessada. O que atrasou mais foi a pandemia [da Covid-19]. Atrasou muito, porque a juventude esteve durante dois anos ‘presa’ [em confinamento], não saia de casa e agora abriram-lhes as portas e eles [os mais novos] vão por outros caminhos, não tanto aqui pelo folclore. Mas eu estou esperançado de que um dia destes, nós vamos voltar a ver mais juventude no nosso rancho”.

E como é possível cativá-la para estas tradições? “Com muito trabalho e muita dedicação”, respondeu o presidente da Direcção do Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere, desafiando os jovens “a aparecerem para lhes explicarmos o que se fazia no passado, o que os avós deles faziam, e nós tentarmos passar isso para eles.”

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“Também eu ia de porta em porta [a cantar as Janeiras e os Reis] e continuamos a cantar”

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Luís Morgado recordou que “também eu ia de porta em porta [a cantar as Janeiras e os Reis - n.d.r.] e continuamos a cantar”, destacando, nesses tempos, “uma grande alegria”, além de “conseguir manter estas tradições vivas”.

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Festival de Folclore, em Odiáxere, no dia 5 de Agosto, Festival das Papas, em Março, e Festival de Música, em Espanha, previsto para Dezembro

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Quais os projectos para 2023? “Temos muitos projectos. Já temos [agendado] o nosso Festival de Folclore, que vai ser a 5 de Agosto, em Odiáxere, estamos a trabalhar no Festival das Papas [papas de milho, papas de berbigão, como fizemos há dois anos], para o qual ainda não temos uma data marcada, porque estamos a entrar em contacto com outras colectividades. Mas, em princípio, será no mês de Março. Depois da pandemia, que travou muitas iniciativas, vamos reatar esse evento”, revelou Luís Morgado.

Ao nível da música, “ainda vamos aos lares e tenho em vista um Festival em Espanha, se calhar em Dezembro” deste ano.

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Presidente da Junta de Freguesia de Odiáxere, Carlos Fonseca: “Em meios pequenos é muito mais fácil conseguir que não se percam estas tradições”

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Correio de Lagos - Como sentiu esta noite, com o espectáculo ‘Cantar das Janeiras’ e Reis, por quatro ranchos folclóricos, na Igreja Matriz de Odiáxere?

Carlos Fonseca - Depois desta paragem de dois anos [devido à pandemia da Covid-19], foi muito bom. Esteve dentro daquilo que é o habitual, com a igreja sempre cheia, os bancos completamente compostos. Foi uma noite mágica para começar bem o ano, com os nossos cantares de Janeiras e Reis, por quatro grupos completamente diferentes e que nos mostram a grande variedade dentro de um Algarve, as maneiras de cantar e de versos, que expressam bem a nossa riqueza no país.

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Correio de Lagos - Notou-se, sobretudo, muita gente idosa nestes ranchos folclóricos, em que os jovens não aderem a estas tradições populares. Receia que as mesmas possam desaparecer um dia?

Carlos Fonseca - Dentro dos ranchos folclóricos, na maioria dos cantares existe malta mais nova, que aqui e ali vai aprendendo também. Mas a verdade é que a tendência é mesmo os mais jovens não estarem ligados a isto. Mas quero acreditar que estas tradições não se percam, embora seja difícil. Isto, porque em meios pequenos é muito mais fácil conseguir que não se percam estas tradições. E nestes meios rurais ainda mais fácil é. Há mais ligação com o passado, com as tradições, com os costumes e existe um grande orgulho na identidade da terra, da freguesia, o que leva a que os mais jovens também se liguem mais tarde ou mais cedo às nossas tradições.

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“Cativar os jovens não é fácil para os cantares. É mais fácil dançar do que cantar, neste caso. Mas, obviamente, isto é uma passagem, muitas vezes, de família para família. E se olharmos para o rancho de Odiáxere, vemos que é muita família já com três gerações.”

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Correio de Lagos – Mesmo assim, como é possível cativar os jovens para estas iniciativas?

Carlos Fonseca - Cativar os jovens não é fácil para os cantares. É mais fácil dançar do que cantar, neste caso. Mas, obviamente, isto é uma passagem, muitas vezes, de família para família. E se olharmos para o rancho de Odiáxere, vemos que é muita família já com três gerações. Muitas daquelas pessoas que lá estão são as próximas a passar o testemunho e a seguirem com esta tradição. Só assim, conseguiremos mantê-la.

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Carnaval em Odiáxere será “em grande” e com surpresas

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Correio de Lagos - Dentro de pouco mais de um mês (a 19, 20 e 21 de Fevereiro) será altura do Carnaval. Depois de dois anos de interrupção, em consequência da pandemia, como irão ser os festejos em Odiáxere, que já tem tradição nesta quadra?

Carlos Fonseca - Como sempre, o Carnaval está a ser organizado pelo Clube Desportivo de Odiáxere. É mais uma grande iniciativa, é um marco para esta localidade.

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Correio de Lagos - Quantos carros alegóricos participarão?

Carlos Fonseca - Ainda não sabemos ao certo. Não tenho números e mesmo que os tivesse, não os podia dizer. Acaba por ser sempre uma surpresa. Sei que já estão a preparar os carros, a preparar toda a logística. Tudo tem de ser feito com muita antecedência. Haverá um Carnaval digno, que terá lugar no mesmo local e dentro daquilo que Odiáxere tem feito ao longo dos anos, com este interregno de dois anos. Portanto, será um Carnaval para [re]começar em grande.

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Correio de Lagos - E que outras iniciativas populares estão previstas em Odiáxere ao longo de 2023?

Carlos Fonseca - O Rancho Folclórico, o Clube Desportivo de Odiáxere têm uma grande actividade e um grande dinamismo, e apresentam os mais variados eventos durante todo o ano. Haverá o Festival das Papas [organizado pelo Rancho Folclórico e Etnográfico de Odiáxere], as comemorações do 25 de Abril [de 1974] no clube, como sempre, torneios até ao final da época, assim como as festas da vila, em Julho. Já no mês de Agosto terá lugar o Festival do Rancho Folclórico e em Setembro serão as festas da Paróquia. Portanto, existem muitos eventos em Odiáxere e o dinamismo continua.

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“Gostava de entrar no Rancho Folclórico de Odiáxere e vou tentar”, prometeu uma jovem

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“Gostei muito de todos os ranchos, aprecio imenso estas tradições”, disse, ao Correio de Lagos, a jovem estudante Camila Francisco, já no adro da Igreja Matriz de Odiáxere. Não foi a primeira vez que assistiu ao espectáculo Cantar das Janeiras e dos Reis, nesta localidade do concelho de Lagos. E aproveitou para deixar uma promessa: “Gostava de entrar no Rancho Folclórico de Odiáxere e vou tentar”.

Quatro ranchos folclóricos do Algarve animam 10.º Encontro “Cantar das Janeiras e Reis “ na Igreja Matriz de Odiáxere, no concelho de Lagos, que enche com mais de 150 pessoas para reviver tradições - 1Quatro ranchos folclóricos do Algarve animam 10.º Encontro “Cantar das Janeiras e Reis “ na Igreja Matriz de Odiáxere, no concelho de Lagos, que enche com mais de 150 pessoas para reviver tradições - 1Quatro ranchos folclóricos do Algarve animam 10.º Encontro “Cantar das Janeiras e Reis “ na Igreja Matriz de Odiáxere, no concelho de Lagos, que enche com mais de 150 pessoas para reviver tradições - 1Quatro ranchos folclóricos do Algarve animam 10.º Encontro “Cantar das Janeiras e Reis “ na Igreja Matriz de Odiáxere, no concelho de Lagos, que enche com mais de 150 pessoas para reviver tradições - 1Quatro ranchos folclóricos do Algarve animam 10.º Encontro “Cantar das Janeiras e Reis “ na Igreja Matriz de Odiáxere, no concelho de Lagos, que enche com mais de 150 pessoas para reviver tradições - 1
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