Bem-estar financeiro dos portugueses desceu do 18.º lugar da tabela para o 19.º em 2020.
Enquanto as economias europeias lutam para lidar com os efeitos da segunda vaga da COVID-19, o Barómetro de Bem-estar Financeiro da Intrum, empresa líder na indústria de Serviços de Gestão de Crédito, destaca as disparidades no bem-estar financeiro entre os consumidores europeus. Embora a dívida familiar pré-existente e a instabilidade financeira tenham sido agravadas pela pandemia no Sul da Europa, as medidas de estímulo parecem ter protegido os rendimentos familiares em países como a Alemanha.
O Barómetro de Bem-estar Financeiro da Intrum, que mede e apresenta uma pontuação agregada sobre o bem-estar financeiro dos consumidores em 24 países, conclui que Portugal, Espanha, Itália e Grécia caíram no ranking, enquanto a Alemanha mantém a sua posição de liderança em 2019, seguida pela Áustria e Estónia.
De acordo com Luís Salvaterra, Director-Geral da Intrum Portugal, «é evidente que as famílias em países que já sofriam de instabilidade financeira e altas taxas de desemprego, durante a pandemia pioraram em termos de saúde financeira. O ano passado enfatizou a importância de se ter uma rede de segurança financeira e, em 2021, é vital que as famílias tomem medidas adicionais para gerir melhor as suas finanças pessoais».
Sobre a capacidade de poupar para o futuro, Portugal continua a não ter uma posição muito animadora. Na tabela dos 24 países europeus analisados no estudo da Intrum durante a segunda vaga da pandemia, Portugal aparece num modesto 19.º lugar, tendo descido uma posição na classificação, situação que, relacionada com a capacidade de pagar as contas, revela que os portugueses continuam a fazer muitos esforços para pagar os seus compromissos no prazo, situando-se no grupo dos três últimos da classificação dos 24 países europeus.
“O Inquérito da Intrum sugere que é mais fácil para alguns obter segurança financeira do que para outros devido às circunstâncias financeiras individuais, e ao cenário macroeconómico mais amplo: «Não existe uma solução milagrosa, mas mesmo assim, com educação financeira e orientação tanto de instituições públicas, como de empresas de serviços financeiros, os consumidores podem tomar melhores decisões no que diz respeito às finanças pessoais», conclui Luís Salvaterra.