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Faro entre os distritos mais caros para arrendar imóveis. Preço médio de venda não mostrou abrandamento em 2020

Faro entre os distritos mais caros para arrendar imóveis. Preço médio de venda não mostrou abrandamento em 2020

O Imovirtual, portal imobiliário de referência, acaba de divulgar o seu estudo anual, baseado em dados disponíveis na mesma plataforma, no qual analisa a evolução dos preços médios anunciados de venda e arrendamento de apartamentos e moradias, bem como da sua procura em Portugal.

Num ano atípico como este, é importante efectuar uma análise que reflicta o comportamento nos quatros principais momentos do ano: início (Janeiro a Março); confinamento (Março e Abril); pós-confinamento (Maio e Junho) e final do ano (Novembro a Dezembro). Neste sentido os dados agora partilhados referem-se ao comparativo destes períodos de 2020, assim como, com os períodos homólogos de 2019. Os dados apresentados consideram Portugal continental e ilhas.

Principais conclusões

No que diz respeito à venda de apartamentos e moradias – 2020 versus 2019

No período pré-Covid assiste-se a um aumento do preço médio de 8%, (passa de 318.951€ em 2019 para 344.417€ em 2020);

Já durante o confinamento, e contra as expetativas, observa-se um aumento de 11,3%, (de 316.657€ para 352.339€), sendo o maior aumento comparativamente ao período homólogo;

Na fase de desconfinamento o aumento foi de 7,2% quando comparado com o mesmo período de 2019;

Por fim, o ano termina com uma subida de 1,6% (de 342.783€ para 348.223€);

Setúbal, Vila Real, Aveiro e Évora destacam-se como os distritos com maior variação percentual dos preços ao longo do ano;

Portalegre e Guarda destacam-se pelos distritos com um decréscimo acentuado do preço médio;

O ano termina com Lisboa, Faro, Região Autónoma da Madeira e Porto no "top" dos distritos mais caros para comprar um imóvel. Em todas estas regiões, quando comparadas com o ano de 2019, assistimos a um aumento constante do preço nos quatro períodos;

Lisboa termina o ano com um preço médio de 557.595€; Faro situa-se nos 453.378€; Região Autónoma da Madeira nos 331,472€; Porto nos 311.443€.

Analisando o arrendamento de apartamentos e moradias

Ao comparar o preço médio de arrendamento do ano de 2020 com o período homólogo, verifica-se um decréscimo neste indicador;

No início do ano assiste-se a uma diminuição de -9,6%, o preço médio passa de 1.317€ em 2019 para 1.191€ em 2020;

Com o aparecimento da pandemia e durante o período de confinamento, observa-se um decréscimo de -13,3%;

No pós-confinamento a quebra é a mais acentuada, -20,9% quando comparado com o mesmo período no ano anterior, passando de 1.355€ para 1.072€;

O ano termina com uma quebra de -13,5%, passa de 1.198€ em 2019 para 1.036€ em 2020;

Faro e a Região Autónoma da Madeira, assim como Lisboa e Porto, estão no top dos distritos mais caros para arrendar um imóvel. Ainda assim, em todas estas regiões, quando comparadas com o ano de 2019, assistimos a um decréscimo constante do preço nos quatro períodos;

O ano termina com o Porto (-19,2% de 1.119€ para 904€), Castelo Branco (-14,9% de 478€ para 407€) e Lisboa (-13,9% de 1,531€ para 1,319€) a serem os distritos onde se regista a maior quebra no preço médio de arrendamento;

Já os distritos de Beja (66,6% de 449€ para 748€), Guarda (34% de 300€ para 402€ e Portalegre (25,5% de 310€ para 389€) terminam o ano com os maiores aumentos.

Olhando para venda de apartamentos e moradias durante – 2020 Janeiro a Dezembro de 2020

O preço médio de venda em Portugal manteve uma variação de 1%, à excepção do período do desconfinamento onde se verifica um decréscimo de 0,11%.

Quando comparado o primeiro mês do ano com o último, observa-se um aumento (+1,1%), passando o preço médio de 344.417€ em janeiro para 348.223€ em Dezembro.

Por distrito, Lisboa, Porto e Faro mantiveram-se sempre no ranking das regiões com preços médios de venda mais elevados.

No período de desconfinamento, Évora (+41%), Viana do Castelo (+39,3%), Santarém (53,6%) e Setúbal (42,7%) lideram o ranking dos distritos mais procurados para compra de imóveis em Portugal.

Lisboa regista no início do ano um aumento de 1,3% no preço médio de venda. No confinamento e desconfinamento a subida foi ligeira de 0,15% e 0,01%, respectivamente. No final deste ano, a capital retoma o aumento dos preços com 2,57%, passando de 543.621€ para 557.595€.

No Porto verifica-se um aumento de 1,4% no início do ano e 1,1% no período de confinamento. No pós-confinamento observa-se uma diminuição (-1,3%), passando de 310.694€ para 306.713€. Para este distrito, o ano termina com um aumento pouco significativo de 0,7% ao passar de 309.265€ para 311.443€.

Faro entra em 2020 com um decréscimo (-0,4%) no preço médio de venda. No entanto, no período do confinamento e desconfinamento apresentou um aumento de 3,2% e 0,4%, respectivamente, terminando o ano com um preço médio de 453.378€.

Já relativamente ao comportamento no que diz respeito ao arrendamento de apartamentos e moradias durante 2020

Verifica-se uma quebra no início do ano (-1,2%) e confinamento (-3,2%);

No período de desconfinamento e final do ano, verifica-se um ligeiro aumento com 1,1% e 3%, respectivamente;

Em Dezembro, o preço médio de um imóvel para arrendar em Portugal é de 1.036€;

Beja destaca-se pela positiva ao apresentar um aumento (+17,1%) no preço médio no início do ano. Um crescimento que se verifica nos 4 momentos, confinamento (+26,7%), desconfinamento (+3,2%) e no final do ano (+21,8%), passa de 614€ para 748€;

Lisboa deu entrada em 2020 com uma quebra no preço médio de -0,6% no início do ano e -3,6% no período de confinamento. Este valor acaba por aumentar no desconfinamento (+0,8%). No final de 2020 existe um aumento de +2,4%, passando o preço médio de 1.288€ para 1.319€;

Faro sofre uma ligeira diminuição do preço médio (-0,6%) no início do ano e um aumento de 5% no confinamento, 4,2% no desconfinamento, e termina o ano com um aumento de 4,2%, passa de 801€ para 835€;

Já o Porto regista um aumento ligeiro no preço médio de 0,4% no início do ano, mas nos restantes períodos assiste-se a uma diminuição de -5,2% no confinamento, -2,1% no desconfinamento e -0,2% no final do ano que passa de 906€ para 904€;

Para conhecer mais detalhes sobre os dados deste estudo, incluindo tabelas e gráficos de apoio, clique aqui.

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