Com metade da força de trabalho a nível global (49%) preocupada com a saúde mental, de acordo com o mais recente estudo do Grupo Adecco ‘Workforce of the future’, é desejável que as lideranças implementem programas de alerta que permitam a deteção precoce e prevenção de situações de burnout.
Em resposta a esta questão emergente, o Grupo Adecco estabeleceu uma parceria com a TEAM 24, que faculta a todos os colaboradores a nível nacional um serviço de apoio psicológico, imediato através de linha telefónica e chat e vídeo-consultas de psicologia, com psicólogos experientes.
A pandemia expôs como nunca as questões ligadas à saúde mental: o que sempre foi um problema velado e muitas vezes estigmatizado pelas organizações de forma transversal, o burnout, veio à tona como uma emergência. Apesar de ser mais comum, o tema da saúde mental ainda não é verdadeiramente encarado pelas organizações, apesar dos custos confirmados que têm no mundo do trabalho.
De acordo com o documento de fevereiro de 2023 - “Prosperidade Sustentabilidade das Organizações – Relatório do Custo do Stresse e dos Problemas de Saúde Psicológica no Trabalho”, elaborado pela Ordem dos Psicólogos Portugueses, o absentismo custou 1,8 mil milhões de euros em 2022 às empresas em Portugal.
Já o presentismo (quando os trabalhadores vão para o seu local de emprego, mas funcionam abaixo das suas capacidades por motivo) teve um custo de 3,5 mil milhões de euros, registando-se assim uma perda total de produtividade de 5,3 mil milhões por ano (o equivalente ao que o governo português gastou em 2021 em medidas para mitigar os impactos da pandemia COVID-19). Os custos são, literalmente brutais.
No mais recente estudo global ‘Workforce of the future’, o Grupo Adecco deixa insights para as organizações nesta matéria: tomar medidas benéficas para com os colaboradores que manifestem a doença (considerada como tal pela Organização Mundial da Saúde desde 2019), e implementar mecanismos precoces de deteção de níveis de stresse que possam conduzir os colaboradores ao burnout.
Foi neste contexto que o Grupo Adecco olhou para dentro da sua casa e resolveu agir preventivamente: “No caso específico do Grupo Adecco, percebemos claramente que teríamos que olhar para a saúde mental como nunca antes o tínhamos feito. Começamos a perceber os sinais, pois sendo um departamento de RH próximo dos colaboradores, percebemos uma maior sensibilidade das equipas”, justifica Vânia Borges, diretora de RH do Grupo Adecco em Portugal.
Assim, a consultora começou por promover internamente workshops de sensibilização para a saúde mental e um estudo de bem-estar psicológico aos colaboradores, que foi realizado por um profissional de saúde. “Com o relatório, percebemos que na empresa tínhamos resultados considerados ‘normais’, mas a nossa preocupação foi olhar para as situações identificadas que necessitavam de acompanhamento ao nível da saúde mental”, conta a responsável.
Para mitigar o problema, a procura de uma solução teria de garantir determinados requisitos, nomeadamente um serviço com profissionais de saúde qualificados, abrangência nacional, um acompanhamento contínuo, sensibilização a todos os colaboradores e realização de estudos a toda a estrutura. O Grupo Adecco encontrou, em Portugal, a resposta às suas solicitações na TEAM 24. "Este parceiro reúne as condições para facultar a todos os nossos colaboradores a nível nacional um serviço de apoio psicológico, imediato através de linha telefónica e chat e vídeo-consultas de psicologia, com psicólogos experientes. A aceitação da nossa equipa foi bastante positiva. O objetivo inicial de apoiar apenas os colaboradores que foram identificados no estudo, foi claramente ultrapassado, pois neste momento, não só apoiamos esses colaboradores como trabalhamos preventivamente, de modo a que nenhum colaborador chegue a uma situação limite, pois estão a ser acompanhados desde cedo, caso assim o desejem”, revela Vânia Borges.
A diretora de RH do Grupo Adecco em Portugal não restringe o investimento da organização em saúde mental à existência deste serviço aos colaboradores, mas assegura ser um mecanismo importante para uma abordagem holística à força de trabalho da consultora: “Contribui, sem dúvida, para aferir uma correta conciliação entre vida pessoal e profissional, a existência de um ambiente profissional saudável e prazeroso e cargas de trabalho devidamente ajustadas ao horário e capacidade de cada colaborador”, justifica.
Ana Ruivo, Co-Founder & COO TEAM 24, não tem dúvidas sobre o impacto qualitativo e quantitativo da saúde mental nos indicadores das empresas tomam proporções gigantescas. “Neste momento, para além de indicadores qualitativos, que avaliamos junto dos nossos parceiros, como, por exemplo, engagement, work-life balance, satisfação e felicidade organizacional, estamos a tentar quantificar indicadores como produtividade, taxas de absentismo e turnover. Atualmente, temos monitorizado ao pormenor os dados clínicos dos colaboradores, ou seja, melhoria dos sintomas referidos, números de altas clínicas e satisfação em relação ao serviço prestado pelos psicólogos. Todos estes indicadores são animadores e permitem-nos continuar a crescer e a ajudar mais e mais pessoas”, afirma a responsável da TEAM 24.
Nesta parceria, Ana Ruivo diz que todas a empresas têm necessidades específicas e perfis de utilização diferentes. Mas admite que “alguns setores de atividade e/ou profissões são mais predispostos a desenvolver níveis elevados de stresse e até problemas como o burnout, que está intimamente ligado a profissões com elevado envolvimento interpessoal e desgaste emocional. Mas acredita que o Grupo Adecco Portugal, empresa de pessoas que lida com pessoas, terá um fator acrescido no que diz ao desgaste emocional dos seus colaboradores. “Porém, o primeiro e melhor passo para prevenir o burnout e outro tipo de perturbações emocionais e psicológicas, o Grupo Adecco já deu! Estamos preparados, para juntos, continuarmos a fazer pessoas felizes e com boa saúde mental”, remata Ana Ruivo.