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Urgência pediátrica no Algarve ameaçada no fim do ano

Urgência pediátrica no Algarve ameaçada no fim do ano

No dia 31 de dezembro, há apenas um pediatra na urgência externa de Faro para todo o Algarve, além de três outros médicos, ameaçando os cuidados de saúde para as crianças em toda a região. A urgência de Portimão estará encerrada. O Ministério da Saúde e o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve tardaram em encontrar soluções.

A urgência externa do Hospital de Faro – que recebe as situações urgentes de toda a região – estará fortemente condicionada, sendo garantida apenas por uma pediatra e três médicos - um interno de 2.º ano e outros dois de outras especialidades. A urgência interna de pediatria também estará com fortes limitações, sem nenhum pediatra escalado. Na neonatologia estarão duas médicas pediatras.

Este quadro é claramente insuficiente para uma região com mais de 460 mil habitantes e que é um destino para milhares de pessoas durante a passagem de ano, não garantindo os mínimos previstos por lei – que prevê a presença de pelo menos dois pediatras – ou pelo regulamento da Ordem dos Médicos para equipas de urgência – que prevê um pediatra para a unidade de observação e mais um médico por cada 20 doentes atendidos em 12 horas.

A resposta a esta situação dramática por parte da administração da ULS Algarve foi tardia, sendo que apenas no dia de hoje conseguiu preencher as escalas de urgência para amanhã, e ainda assim de forma manifestamente insuficiente. A falta de médicos pediatras na urgência seria previsível, considerando que já no ano passado o SMZS-FNAM denunciou uma situação idêntica.

A degradação dos cuidados de saúde pediátricos no país, e em particular no Algarve, é uma mancha negra que deveria envergonhar o governo. Nestes últimos anos, os sucessivos governos têm criado esta situação, empurrando os médicos para fora do SNS.

O Ministério da Saúde tem de abandonar a sua postura intransigente e mostrar abertura negocial para melhorar as condições de trabalho dos médicos e garantir o pleno funcionamento do SNS.

Sindicato dos Médicos da Zona Sul

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