O objectivo é de todos: vacinar a população de acordo com os critérios definidos, o número de vacinas disponibilizadas em cada momento, sem desperdícios e, no mais curto espaço de tempo possível.
Para o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), a administração da vacina deve ser feita em segurança, de acordo com as normas emanadas pela Direcção-Geral de Saúde e pelos profissionais de saúde competentes para o fazer.
«Esta afirmação não tem um teor cooperativista, é a realidade. São os enfermeiros que, desde sempre, têm estado na linha da frente na concretização do Plano Nacional de Vacinação com os resultados e melhoria dos indicadores/ganhos em saúde que Portugal regista», afirma o SEP.
Segundo o núcleo, a vacina da Covid «não é igual à vacina da gripe sazonal e também essa é, e deve ser, preferencialmente administrada no Serviço Nacional de Saúde [SNS]», em concrecto, nos Centros de Saúde, pelos enfermeiros de família que conhecem o historial de saúde das pessoas. «Aliás, seria importante que os portugueses tivessem conhecimento do relatório anual da vacinação da gripe sazonal feita nas farmácias».
Além disso, na óptica do SEP, a administração da vacina da Covid impõe um protocolo de entrevista, registo, administração, tempo de espera após a inoculação para prevenir possíveis efeitos adversos e registo final, processo que deve ser acompanhado pelos profissionais competentes para, caso seja necessário, intervir rápida e eficazmente, caso existam efeitos adversos. E, ainda que estes possam ser marginais quando olhados à escala, «são sempre uma possibilidade».
«A administração de qualquer terapêutica, vacinas incluídas, são intervenções e não uma tarefa», termina o SEP.