Em situação inversa a administração do CHUA que nunca cumpriu os compromissos assumidos com os enfermeiros e agora tenta boicotar a greve
O Governo e Ministério da Saúde forçam-nos a seguir para mais dois dias de greve, porque continuam a discriminar os enfermeiros. E é da total responsabilidade do Ministério da Saúde os constrangimentos que surgirão no decurso da greve.
E, no Algarve, a responsabilidade é também da administração do CHUA e do Presidente da ARS Algarve que assumiram em 2019 contar pontos e progredir os enfermeiros e nunca cumpriram.
Inadmissivelmente, para 22 e 23 Novembro, a Administração do CHUA emanou uma informação aos enfermeiros (sem sequer ter questionado o SEP) sobre a legitimidade da greve por, afirmam, não terem sido avisados atempadamente.
Legalmente, os pré-avisos de greve têm que ser publicados em jornal diário de âmbito nacional, o que aconteceu.
Caso tivessem cumprido com os compromissos e não tivessem optado por relegar os enfermeiros para 2º ou 3º plano na prioridade dos problemas que precisam resolver, hoje não estariam na posição de, mais uma vez, confronto com os enfermeiros.
Mas, neste 3.º dia de Greve, queremos relembrar o imprescindível apoio da população algarvia, com particular incidência nos últimos dois anos.
Em 2021 subscreveram mais de 3000 postais individuais com a mensagem “Agora somos nós que precisamos de si – O Governo não ouve os enfermeiros: Ignora a experiência profissional e décadas de trabalho; ignora o desgaste de milhares de horas extraordinárias; ignora injustiças que se arrastam há demasiados anos”
Em 2020 mais de 4600 pessoas assinaram uma petição a exigir o direito à progressão dos enfermeiros, que só agora está agendada para debate na Assembleia da República no próximo dia 30 de Novembro.