De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), começaram os despedimentos de enfermeiros, de forma a «fazer mais com menos e poupar», o que, na sua opinião, põe «em causa a saúde dos algarvios e dos profissionais». Na próxima segunda-feira, 10 de Maio, o SEP irá reunir com os enfermeiros e às 16:00 horas estarão na reunião solicitada pelo deputado do PCP, João Dias, ambas em Portimão.
O Sindicato acredita que: «Ao despedir enfermeiros com os quais foi estabelecido um contrato a termo incerto a ARS do Algarve admite que a razão que levou à contratação cessou. Mas não é o caso!».
Para manter serviços a funcionar, nomeadamente, as consultas domiciliárias, houve «quem tivesse que seguir turno». Um enfermeiro vai terá que trabalhar 12 horas porque a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve prefere «despedir a “agarrar” a oportunidade de, pela primeira vez, ter os centros de saúde melhor dotados e com maior capacidade de resposta integrada».
Relembra que está em curso a vacinação e que a mesma «tem determinado a sobrecarga de trabalho de todos os profissionais». Afirma ainda que: «O Orçamento do Estado obriga ao aumento do horário de trabalho dos centros de saúde (diariamente e ao fim-de-semana) e aumentou os contextos de resposta em cuidados de enfermagem, em concreto, nos equipamentos residenciais para idosos».
O Governo determinou a existência de incentivos para a recuperação de listas de espera de consultas e de cirurgias. A informação de despedimento, segundo o SEP, foi oral e a seguinte: «Na segunda, dia 10, já não vem trabalhar!», o que, na sua óptica, se traduz em «desrespeito», que não é apenas em relação aos enfermeiros, mas também «para com a população algarvia».
Por fim, acrescenta que: «É inadmissível que a ARS do Algarve ainda não tenha respondido ao nosso pedido de reunião de 12 de Fevereiro e reiterado há duas semanas atrás e, entretanto se permita “jogar com a vida” dos algarvios e dos profissionais».