Hugo Pereira, Presidente da Câmara Municipal de Lagos, deixou hoje, dia 1 de Julho, uma mensagem aos munícipes em virtude da pandemia de Covid-19 e últimos números registados no concelho.
Recorde-se que o concelho de Lagos recuou, no passado dia 24 de Junho, um passo no processo de desconfinamento devido à subida do número de casos nas semanas anteriores. «Os preocupantes números dos últimos dias fazem-nos antever o agravamento destas medidas de restrição em próximas avaliações, caso não se consiga inverter esta tendência», referiu o autarca.
Infra, remete-se a continuidade da mensagem endereçada.
«Não consideremos, por isso, palavras vãs todas as mensagens e apelos constantemente feitos pelas autoridades aos cidadãos. A sensibilização tem sido acompanhada de medidas concretas de controlo e mitigação da pandemia, seja com o reforço da capacidade de testagem ou com o avanço no processo de vacinação que, neste momento, já abrange faixas etárias mais jovens. Mas há uma componente fundamental que pode fazer a diferença e influenciar o sucesso ou insucesso destas medidas: a responsabilidade de cada cidadão. E isso depende de cada um de nós, individualmente, e de todos somados. Temos não só o dever de evitar comportamentos de risco e seguir escrupulosamente as regras de higiene e etiqueta respiratória, como estar atentos aos primeiros sintomas físicos da doença, valorizá-los e procurar ajuda. Esta identificação precoce pode determinar a contenção dos focos ativos e a quebra das cadeias de contágio.
A COVID-19, como já bem sabemos, não escolhe. É uma doença que afeta todos, independentemente da idade, origem ou condição social, e quando nos apercebemos pode já ser tarde para evitar o contágio a outras pessoas eventualmente mais vulneráveis do que nós, que irão adoecer com gravidade ou que, mesmo sem sintomas, ficam durante algum tempo, inibidas de manter a sua atividade diária normal, com prejuízos de ordem pessoal, familiar e laboral. Eu próprio, à data em que vos dirijo estas palavras, estou em isolamento por ter tido contacto com pessoas infetadas.
Naquilo que é a nossa esfera de ação e competência, nomeadamente ao nível da prevenção, estamos a incrementar ações de fiscalização por parte da Polícia Municipal, em articulação com as demais forças de segurança presentes no nosso território, e tudo faremos para, em articulação com a nossa proteção civil, continuar a apoiar os serviços de saúde neste esforço ímpar de assistência à população.
Mas é preciso que fique claro o seguinte: - não temos, nem nunca teremos, capacidade para colocar um polícia a vigiar cada cidadão, e estou certo que também ninguém deseja verdadeiramente um Estado policial ou a privação das liberdades individuais que tanto prezamos.
Apelo, por isso, a que enquanto comunidade nos saibamos unir nestes tempos de dificuldade, sejamos responsáveis e cumpridores, mas solidários. Da boa evolução da pandemia, traduzida na redução de contágios e de novos casos, depende a nossa saúde, mas também a vitalidade da atividade económica, a situação financeira das empresas e o bem-estar das famílias».
«Continuaremos atentos, a monitorizar a situação no nosso concelho e comprometidos com este combate que é de todos e para todos», garantiu, por fim.