A Associação para Investigação e Desenvolvimento da Faculdade de Medicina (AIDFM) está a dotar tecnologicamente as unidades hospitalares com necessidades de investigação identificadas. No total, estão a ser cedidos temporariamente 100 tablets, com internet incluída, a cerca de 15 unidades hospitalares de norte a sul do país, incluindo as regiões autónomas. Este projecto, que recorre à Tecnologia para contribuir para o apoio à investigação e, paralelamente, humanizar os cuidados de saúde, conta com o apoio da biofarmacêutica AbbVie.
Criada no contexto de pandemia, a iniciativa da AIDFM pretende melhorar a articulação da investigação e comunicação aos mais diversos níveis: entre profissionais de saúde, na relação entre médico e utente, mas também na interacção dos doentes com o exterior. Entre os muitos exemplos de utilização dos tablets em contexto hospitalar está a facilitação das actividades de investigação, incluindo a realização de teleconsultas e de videochamadas dos utentes em internamento com familiares.
“O impacto do contexto pandémico decorrido nos últimos dois anos trouxe consequências graves para toda a organização nas unidades de saúde na investigação clínica e na sua resposta à comunidade. Contudo, ocorreram avanços tecnológicos que permitem mitigar esse facto, e possibilitar aos médicos e utentes terem uma relação mais próxima. O nosso objectivo foi procurar as unidades de saúde com necessidades de investigação identificadas e conseguirmos colmatar essas falhas”, refere a Direção da AIDFM.
“A nossa missão vai muito além do desenvolvimento de soluções terapêuticas inovadoras. Temos uma visão holística da saúde e procuramos trabalhar com todos os nossos parceiros, incluindo os hospitais e os profissionais de saúde, com o objectivo de melhorar a prestação de cuidados. Com este projecto, acreditamos estar a humanizar os cuidados de saúde e, consequentemente, a transformar a vida dos doentes”, afirma Antonio Della Croce, diretor-geral da AbbVie.
“A humanização dos cuidados de saúde é uma preocupação permanente, pelo que estes equipamentos são um auxiliar relevante para que possamos concretizar o objectivo de uma maior proximidade dos utentes com aqueles que lhes são significativos”, salientou a administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo, unidade que beneficiou do projecto.
A AIDFM, associação científica e tecnológica sem fins lucrativos, é pólo dinamizador da investigação na área da saúde, com projectos de distintas temáticas e com amplitudes de actuação muito significativas, quer a nível nacional, quer a nível internacional, contribuindo para a operacionalização e dinamização da investigação científica.
A associação promove e apoia actividades de investigação, organiza iniciativas para uma aproximação da Faculdade de Medicina de Lisboa (FMUL) à comunidade, bem como apoia o desenvolvimento de alguns objectivos da FMUL, como sejam o ensino, a formação e a investigação na área da Medicina e das Ciências Biomédicas.