Os Sindicatos da UGT reunidos, no dia 25 de Junho, em Conselho Geral União Geral de Trabalhadores do Algarve manifestaram preocupação em relação aos números alarmantes divulgados, recentemente, pelo IEFP devido à Pandemia Covid-19 que mostram que, no mês de Maio, o Algarve foi a região onde mais cresceu o desemprego - 202,4%, registando-se a nível distrital o total de 27.675 desempregados.
Tendo em conta a recente redução da actividade turística na região algarvia devido ao confinamento em todo o país e às restrições impostas à entrada de turistas estrangeiros que foi agravada pelo momento de incertezas em que estamos “mergulhados”, actualmente, subsistindo uma grande incógnita do que irá suceder durante e após a época balnear, torna-se prioritário equacionar medidas de apoio ao emprego para mitigar os efeitos do vírus SARS-CoV-2 na região, de forma a que daqui a dois ou três meses, ao entrarmos na época baixa o desemprego não venha a assumir dimensões ainda mais dramáticas.
O Algarve necessita com urgência da implementação de medidas urgentes de apoio ao emprego, à semelhança do que aconteceu com o Programa FormAlgarve para o sector do turismo e relacionados por forma a combater a sazonalidade que com o surgimento desta crise na nossa economia muito dependente dos fluxos turísticos necessita de ser requalificado e melhorado com mais incentivos às empresas candidatas e com maior duração, sendo que o ideal seria avançar com mais uma medida excecional para a região que fosse mais abrangente e cumulativa com aquela medida já em vigor.
Outra medida que seria certamente positiva para evitar que os meses de Setembro e Outubro se revelem catastróficos para milhares de trabalhadores seria o prolongamento do tempo que impede o despedimento dos trabalhadores que estiveram em lay-off, até ao final do ano 2020, ao invés dos 60 dias previstos no decreto que regulamenta aquele apoio extraordinário à redução da actividade económica, como já foi proposto pela nossa Central Sindical UGT.
O facto do Algarve ser a região do país mais afectada pelo desemprego nestes meses que antecedem o pico do Verão, que normalmente são os de maior empregabilidade, faz antever que, após a época balnear, muitos mais postos de trabalho venham a encerrar se não forem, desde já, acauteladas pelo Governo medidas de apoio ao emprego pós-Verão de modo a mitigar aquele flagelo social que ameaça cada vez mais famílias em todos os concelhos algarvios.