Conclui-se hoje o processo de aprovação do Orçamento de Estado 2023. A versão final deixa o Algarve de mãos a abanar. As matérias fundamentais para a região não têm consagração no documento que dá expressão financeiras às orientações de política pública. No caso da nossa região, a redução de portagens - a qual foi aprovada e feita lei pela Assembleia da República - ; os passos tendentes à conclusão da requalificação da EN-125 entre Olhão e Vila Real de Santo António; o compromisso firme quanto ao novo hospital central do Algarve, a par da redução de listas de espera para consultas e cirurgias, foram todas matérias objecto de propostas de alteração apresentadas pelo PSD, as quais foram prontamente chumbadas pela maioria PS.
Segundo Cristóvão Norte, Presidente do PSD Algarve, “O PS tem uma maioria e exerce-a. Chumba as propostas do PSD a respeito de matérias vitais para a região. O problema é que o PS não tem propostas para a região, ou, se as tem, não as apresenta. Há tantos problemas dramáticos na região: desde a escassez de pessoal clínico a atrasos imperdoáveis para obter uma consulta até à falta de professores ou de acesso à habitação, que é assustador este imobilismo que não os enfrenta nem os tenta resolver. E o Algarve está a pagar por isso.”
Para o PSD Algarve, a região está a perder tempo precioso para recuperar o atraso nas infraestruturas - num tempo em que o país está a ser inundado por fundos europeus provenientes do PRR -, na diversificação da sua economia e ascensão na produção de valor e na realização de direitos sociais, como a saúde ou a educação, onde a região se está a tornar mais periférica e distante da igualdade de oportunidades.