De acordo com nota enviada à nossa redação «O Grupo Intermunicipal da CDU apresentou na Assembleia Intermunicipal do Algarve, no passado dia 19 de Dezembro, duas moções para discussão e deliberação.
Uma, intitulada “Pelo direito à saúde. Atrair e fixar profissionais no Serviço Nacional de Saúde. Combater o assalto dos grupos privados de saúde.”, foi rejeitada com 41 votos contra, 1 abstenção, 3 votos a favor (CDU) e outro voto a favor (BE).
A urgente contratação de mais trabalhadores e a valorização das carreiras de médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde, de modo a garantir mais consultas, exames, cirurgias, médico e enfermeiro de família para todos, que foi proposto exigir junto do Governo, não mereceram o apoio dos Grupos Intermunicipais do PS e do PPD/PSD, cujos membros mostraram assim a sua indiferença pelo estado de degradação do Serviço Nacional de Saúde no Algarve.
“A reabilitação das instalações dos centros e extensões de saúde da região e reabertura de todas as extensões de saúde encerradas, bem como a célere construção do Hospital Central do Algarve, recusando o modelo Parceria Público-Privada que o Governo quer impor, fugindo ao cumprimento da Resolução da Assembleia da República n.º 371/2021, de 28 de dezembro, recomendando ao Governo que desenvolva os procedimentos necessários para a construção do Hospital Central do Algarve, garantindo um modelo integralmente público para a sua construção e gestão”, que também foi proposto exigir junto do Governo, ao não merecerem o voto favorável dos membros dos Grupos Intermunicipais do PS e do PPD/PSD, são testemunho da opção que transforma o direito à saúde num negócio e num privilégio de alguns, tal como acontecia antes do 25 de Abril, ou seja, tal como acontecia antes da criação do Serviço Nacional de Saúde.
A outra moção, intitulada “Pelo fim das portagens na Via do Infante”, também foi rejeitada, com 41 votos contra, sem abstenções, 3 votos a favor (CDU), 1 voto a favor (BE) e ainda mais outro voto a favor.
Foi proposto aos membros da Assembleia Intermunicipal que reafirmassem “o compromisso com a luta contra as portagens na Via do Infante até que estas sejam abolidas e resgatada a sua concessão; a urgência na requalificação da EN 125 entre Olhão e Vila Real de Santo António; a limitação do preço das portagens em todo país em 2023.”
Desde há onze anos que a imposição de portagens na Via do Infante contra a vontade dos trabalhadores e das populações do Algarve prejudica gravemente a região, constituindo-se como um factor de subtracção da riqueza produzida no Algarve por parte do grupo económico que ficou com a concessão desta auto-estrada.»