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Presidente do PSD/Algarve acha “muito prematuro” pensar em coligações com outros partidos para as eleições autárquicas de 2021

Presidente do PSD/Algarve acha “muito prematuro” pensar em coligações com outros partidos para as eleições autárquicas de 2021

“É fundamental as freguesias. É difícil ganhar uma câmara sem ganhar freguesias”, reconhece, em entrevista ao «Correio de Lagos, David Santos, sublinhando que “não se deve fazer só política autárquica a seis meses das eleições. E lança um desafio a Macário Correia: “Havendo disponibilidade da parte dele para colaborar connosco, podemos eventualmente até pensar mais ativamente numa eventual candidatura.”

O presidente da Comissão Política Distrital do Algarve do Partido Social Democrata (PSD), David Santos, diz que ainda “é muito prematuro” pensar em coligações no Algarve com vista às próximas eleições autárquicas a realizar no último trimestre de 2021.

“Acho que é muito prematuro tudo isso. Como sabe, temos coligações nalguns concelhos, temos de deixar passar o tempo...” - afirmou, em Faro, ao «Correio de Lagos», David Santos, após a tomada de posse para um novo mandato na Distrital do PSD por mais dois anos, referindo-se a coligações existentes “não só com o CDS, há mais partidos, o PPM, o MPT.” Questionado sobre a continuidade dessa solução em Faro, cujo executivo municipal é presidido pelo social-democrata Rogério Bacalhau desde 2013, o líder do PSD/Algarve não abriu o jogo, limitando-se a responder: “A seu tempo, os órgãos próprios pronunciar-se-ão sobre isso.”

 

“Tem de ser definida uma estratégia nacional, regional e local”

 

Coligações antes, ou depois das eleições autárquicas é também uma questão perante a qual, neste momento, David Santos não quer avançar cenários. “Não admito, nem deixo de admitir. Tem de ser definida uma estratégia nacional, regional e local.  Ainda não chegou o tempo de fazer essa avaliação da necessidade, ou não, de continuar” as coligações partidárias já existentes em municípios no Algarve, insistiu.

 

“Macário Correia é um quadro do PSD” e “gostaria de vê-lo a trabalhar connosco”

 

Uma das figuras com que o presidente do PSD/Algarve gostaria de contar como candidato nas próximas eleições autárquicas é Macário Correia, ex-presidente das câmaras de Tavira e de Faro, onde acabou por se afastar em Julho de 2013, cedendo o seu lugar ao então vice-presidente, Rogério Bacalhau, após a polémica em torno da sua condenação na justiça por crimes de prevaricação enquanto autarca em Tavira, por ter licenciado obras em zonas rurais, violando regime de Reserva Nacional.

 

“Macário Correia é um quadro do Partido Social Democrata e como sempre o PSD Algarve honra e gosta de vê-lo nestas reuniões. Havendo disponibilidade da parte dele para colaborar connosco, podemos eventualmente até pensar mais activamente numa eventual candidatura”, admitiu David Santos. Gostaria de vê-lo, de novo, na Câmara Municipal de Tavira? - questionámos. Cauteloso, reagiu: “Gostaria de vê-lo a trabalhar connosco. Tinha todo o prazer.”

 

“É difícil ganhar uma câmara sem ganhar freguesias”

 

David Santos ouviu o líder nacional do PSD, Rui Rio, após ele ter assistido à tomada de posse dos órgãos da Distrital de Faro, no passado dia 21 de Fevereiro, na capital algarvia, avisar o partido que “em cima da hora não se ganham eleições e os candidatos arriscam-se a ser ‘queimados’ ”. E daí a “metodologia” anunciada, com necessidade de iniciar, desde já, o trabalho no terreno para as eleições autárquicas em 2021. O alerta de Rui Rio, porém, não surpreendeu David Santos.

 

“Há um trabalho a fazer junto das populações”

 

“Já começámos a trabalhar, a passar a mensagem aos militantes e às secções, que há um trabalho a fazer junto das populações”, observou, a propósito, ao «Correio de Lagos», o presidente do PSD/Algarve. E aproveitou para deixar vários recados: “Defendemos que não se deve fazer só política autárquica a seis meses das eleições. As secções devem continuamente visitar as associações empresariais, associações ligadas à área social, para saber quais são os seus problemas, as suas carências, o que nalguns casos até pode dar origem à apresentação de requerimentos aos próprios municípios, para quando se elaborarem as listas de candidatos haver um trabalho no partido de diagnóstico do que é que se passa nos concelhos e nas freguesias. E como tenho dito, é fundamental as freguesias. É difícil ganhar uma câmara sem ganhar freguesias”.

 

“Temos que dar a cara em todo o lado, a cem por cento, não tenhamos ilusões”

 

Esse trabalho deve ser feito não só onde o PSD é oposição, como nos concelhos nos quais tem o poder. “Deve ser em tudo”, sublinhou David Santos, acrescentando que “temos que dar a cara em todo o lado, a cem por cento, não tenhamos ilusões.”

Nesse sentido, apontou como um dos exemplos o concelho de Faro, cuja câmara municipal, recorde-se, é presidida pelo social-democrata Rogério Bacalhau. “Em Faro há reuniões mensalmente com todos os eleitos para que eles apresentem questões ao município para que sejam resolvidas”, referiu aquele responsável do PSD/Algarve.

 

“Tem de se unir os militantes, simpatizantes e pessoas que connosco queiram caminhar para encontrar melhores soluções para os municípios”

 

Quando iniciou o anterior mandato, David Santos deslocou-se a todos os concelhos do Algarve, “como visitas da Comissão Política Distrital, nas quais transmiti sempre o seguinte: temos de ter militantes ou simpatizantes nossos em todos os pontos dos concelhos, que tragam à secção do partido questões que tenham de ser revolvidas, que possam dar origem a requerimentos às câmaras, de modo a que os nossos deputados possam também apresentar requerimentos na Assembleia da República”, frisou David Santos.

“Se nós fizermos esse trabalho sempre, e não quando há eleições, já teremos o diagnóstico da situação de cada concelho e o trabalho feito quando chegar às eleições. É isso que tem de ser feito. Se o fizermos, teremos mais possibilidade de sucesso”, insistiu o líder do PSD/Algarve. E após uma breve pausa, deixou mais um aviso às bases do partido que nesta região conta mais de três mil militantes: “Tem de se unir os militantes, simpatizantes e pessoas que connosco queiram caminhar para encontrar melhores soluções para os municípios.” Foram recomendações que já tinha expressado na tomada de posse do PSD Lagos liderado por Pedro Moreira, que também disse partilhar desta premissa e já posta em prática no concelho lacobrigense.

 

“Naturalmente, é diferente um trabalho quando se é câmara, ou quando não se é”

 

Sobre a situação em particular de Lagos, onde o PSD é oposição desde a perda da câmara, então presidida pelo social-democrata José Valentim Rosado, em 2001, para o PS, David Santos mostrou-se, de novo, prudente, preferindo não tecer comentários, nem deixar conselhos. “Não gostaria de definir um entre os 16 concelhos do Algarve. Queremos fazer um trabalho idêntico em todos. Naturalmente, é diferente um trabalho quando se é câmara, ou quando não se é câmara”, notou o presidente da Distrital do PSD.

Isto, porque, prosseguiu, “quando nós somos câmara, há um trabalho que tem de ser feito com o presidente, no sentido de melhorar algumas questões que têm de ser melhoradas ou fazer alertas e continuar a trabalhar bem como tem sido feito nessas câmaras municipais. Num caso onde, por exemplo, o nosso presidente de câmara já não se pode recandidatar, é necessário um trabalho intermédio. Um presidente de câmara que não se pode recandidatar tem muito conhecimento do que se passa no seu concelho.”

Nessa situação, encontra o presidente da Câmara Municipal de Monchique, Rui André, que, em 2021, concluirá o seu terceiro mandato consecutivo, não podendo, por isso, recandidatar-se a um novo mandato ao abrigo da legislação autárquica em vigor. “É o único caso que temos”, observou David Santos, acrescentando que “tem de passar para nós, enquanto Distrital, e a secção, o conhecimento que ele tem e as questões existentes no concelho para que se possa dar continuidade ao bom trabalho.”

 

Quem é que quem na nova Comissão Política Distrital do  PSD Algarve

 

Lacobrigense Pedro Moreira é o único representante das Terras do Infante

Na lista da nova Comissão Política Distrital do PSD Algarve, regista-se  um único representante dos municípios das Terras do Infante. Trata-se de Pedro Moreira, presidente do PSD Lagos.

 

Cargos: Presidente David Santos (Faro); Vice-presidentes Cristóvão Norte (Faro) e Rui Cristina (Loulé); Secretário distrital Bruno Sousa Costa (São Brás de Alportel); Tesoureiro Fábio Bota (Loulé); Vogais Ana Francisca Sousa (Loulé), Carlos Martins (Portimão), Cláudia Guedelha (Albufeira), Gameiro Alves (Faro), Lina Neto (Lagoa), Ofélia Ramos (Faro), Pedro Moreira (Lagos) e Pedro Pires (Vila Real de Santo António); Vogais suplentes Miguel Guerreiro (Loulé), Ana Faísca (Olhão) e António Pereira (Castro Marim).

 

Carlos Conceição e José Manuel Oliveira

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