No passado dia 19 de Julho de 2023, reuniu a Câmara Municipal de Lagos onde foi votada por unanimidade uma proposta apresentada pelo vereador da CDU, Alexandre Nunes, Intitulada Praça D` Armas de Lagos - (Um lugar de Memória).
Na referida proposta, constava que: Até há 155 anos, a Praça D´Armas na cidade de Lagos era o palco das execuções das penas de morte.
Segundo relatos históricos, estes espetáculos macabros atraíam a população em peso, até Abril de 1846, quando foi enforcado o último homem a ser condenado à morte em Portugal, de seu nome José Joaquim Grande.
Este é considerado o último enforcamento realizado em Lagos e em Portugal. Pouco depois era abolida a pena de morte para crimes civis (1867), no reinado de D. Luís.
Refira-se que, embora a pena de morte para civis tenha sido abolida em 1867, o código de justiça militar em Portugal manteve a pena de morte e só a aboliu completamente em 1976.
De acordo com documentos da Misericórdia de Lagos, na ata de 22 de Abril de 1846, pode ler-se que esta instituição procedeu ao “acompanhamento do réu, José Joaquim Grande, condenado à pena capital” e que o condenado, depois de executado, “foi retirado da forca e o seu corpo sepultado pela Misericórdia no cemitério da Freguesia”.
Assim considerando que foi assinado entre a Câmara Municipal de Lagos e a Empresa CORGES-Gestão de Projectos, um contrato em 15 de Fevereiro de 2023 para a Aquisição de serviços para a revisão do projecto de requalificação e Ampliação do Edifício da Antiga Escola Conde Ferreira e Arranjo Urbanístico da Praça d´Armas.
Assim a Câmara Municipal de Lagos reunida a 19 de Julho de 2023 deliberou:
1- Colocar na Praça d`Armas um marco intitulado (Um Lugar de Memória), assinalando o local onde foi executado o último condenado à morte em Portugal.
2- Proceder à aquisição junto do Arquivo Distrital do Processo de Julgamento de José Joaquim Grande.