(Z1) 2024 - CM de Aljezur - Aljezur Sempre
(Z4) 2024 - CM Lagos - Agenda de Eventos

CDU Lagos pela alteração do Regime Geral da Gestão de Resíduos

CDU Lagos pela alteração do Regime Geral da Gestão de Resíduos

No passado dia 22 de Fevereiro, a Assembleia Municipal de Lagos aprovou por unanimidade uma proposta da Coligação Democrática Unitária (CDU) intitulada Pela cessação do Decreto-Lei n.º 92/2020, de 23 de Outubro, que altera o Regime Geral de Gestão de Resíduos.

O Decreto-Lei n.º 92/2020, de 23 de Outubro, que altera o Regime Geral da Gestão de Resíduos, aumentou o valor da Taxa de Gestão de Resíduos (TGR), duplicando de 11 euros por tonelada para 22 euros por tonelada a partir de 1 de Janeiro de 2021.

O Regime Geral de Resíduos apresenta como objectivo o aumento da TGR em 2021 para 22 euros por tonelada, em 2022 para 25 euros, em 2023 para 28 euros, em 2024 para 34 euros e em 2025 para 40 euros.

Entre 2020 e 2025, o Governo pretende aplicar um aumento de 263,6% no valor da TGR. Segundo a CDU Lagos, a duplicação do valor da TGR «terá impactos profundamente negativos sobre as autarquias e por sua vez sobre as populações. Esta decisão terá repercussões na facturação, penalizando as populações».

O valor da TGR já tinha duplicado entre 2015 e 2020, passando de 5,5 euros por tonelada para 11 euros por tonelada. Para a CDU, o produto resultante da cobrança da taxa de gestão de resíduos, na sua esmagadora maioria, «constitui receita da Agência Portuguesa do Ambiente, desconhecendo-se a sua aplicação» além de que, na prática, «a TGR tem sido uma fonte de financiamento de serviços da Administração Central».

Na óptica deste partido, o aumento de taxas e tarifas por si só não conduz a alteração de comportamento da população e é «ineficaz». O que pode, pois, fazer a diferença é o «investimento em sistemas de recolha selectiva e em soluções de valorização de resíduos que contribuam para a redução da deposição de resíduos em aterro». E acrescenta: «Mais uma vez, a opção política em matéria ambiental resume-se ao aumento de taxas, preços e tarifas que pesa mais sobretudo nas famílias com mais baixos rendimentos».

A privatização da EGF – Environment Global Facilities tem levado, para a CDU, à degradação da qualidade do serviço público prestado e dificultado o objectivo de redução de deposição de resíduos em aterro.

«Não podemos também dissociar o facto de o Governo pretender duplicar o valor de uma taxa penalizadora para as famílias, atendendo ao agravamento da situação económica e social, devido à quebra de rendimentos dos trabalhadores, o aumento do desemprego e da precariedade», afirma o núcleo. Perante esta situação, a Assembleia Municipal de Lagos deliberou, conforme noticiado anteriormente aqui, recomendar à Assembleia da República a cessação de vigência do Decreto-Lei n.º 92/2020, «profundamente penalizador das populações e dos municípios».

  • PARTILHAR   

Outros Artigos