Pedro do Nascimento Mestre – ou apenas Pedro Mestre, como gostava de ser tratado –, partiu esta segunda-feira, pelo que o Partido Comunista Português (PCP) – núcleo do Algarve emitiu um comunicado em sua homenagem.
«Companheiro de luta» e «sendo Mestre no nome», segundo desvenda o PCP Algarve, o arquitecto foi também mestre na sua profissão e na arte de projectar, apontando como exemplos «a determinação com que defendia as suas convicções» e os «ensinamentos vários» que deixou na qualidade de professor.
Lutador antifascista, fez parte do Movimento de Unidade Democrática (MUD) Juvenil antes do 25 de Abril e estabeleceu a ligação entre os presos políticos de Caxias e o exterior, na Clandestinidade.
Como arquitecto, desenvolveu a sua actividade em Lisboa e em Tavira. Após a Revolução, cedeu o seu Atelier para sede do PCP.
Ao longo dos anos, participou activamente nas listas da Frente Eleitoral Povo Unido (FEPU), da Aliança Povo Unido (APU) e da Coligação Democrática Unitária (CDU) no plano autárquico. Teve um papel fundamental como membro da Assembleia Municipal de Tavira nas listas da CDU, na defesa da integridade da zona das Quatro Águas, contra a instalação da marina, tendo sido sempre colaborador «activo, prestimoso e insubstituível» na elaboração das listas e dos programas da CDU.
Em nota pública, a Comissão Concelhia de Tavira do Partido Comunista Português dirigiu, assim, as suas condolências à família de Pedro Mestre, esta tarde.