O PSD Algarve pronuncia-se a propósito do abaixo-assinado dos cirurgiões do Hospital de Faro.
De acordo com o comunicado que nos chegou da Comissão Política do PSD/Algarve, o teor deste abaixo-assinado é «de extrema gravidade já que, entre outras coisas, pelo punho dos profissionais, descreve a “sistemática inexistência de camas para internamento de doentes urgentes”, a “recorrente ausência de acesso ao bloco operatório num tempo considerado ótimo” ou os “sistemáticos entraves à realização de exames complementares de diagnóstico” , ou seja, um estado de tal forma degradante que constitui uma amputação básica do direito à saúde, a qual está rigorosamente em linha com a apreciação que o PSD Algarve tem feito, bem como com os inúmeros episódios que são de conhecimento público».
Para o PSD/Algarve «todos estes episódios - os supra-citados, ou outros como o de doentes oncológicos que falecem sem ter acesso a tratamento devido como denunciado pelo PSD e caucionado pela Entidade Reguladora da Saúde -, não são já episódios isolados, pontuais, são, infelizmente a regra, como se constata pelos indicadores que traduzem perdas de oferta assistencial. Aos insistentes pedidos do PSD Algarve, das Ordens, dos sindicatos, dos cidadãos em geral, o Governo age conhecedor destes relatos sem qualquer comoção, mas pior, sem qualquer ação que promova a resolução dos mesmos.
A inação perante o intolerável estado de coisas, conduz a iniciativas como este abaixo-assinado dos médicos, os quais não dispõem de condições mínimas para realizar as suas funções, diminuídos na sua esfera da ação pelo volume de trabalho e constrangidos pela impossibilidade de darem a cada doente aquilo que carecem em tempo útil. O PSD Algarve compreende os profissionais, espera, todavia, que seja possível encontrar uma solução que não desguarneça o Hospital de Faro.
Como temos assinalado, registam-se um conjunto de constrangimentos da saúde na região, que exigem que a mesma tenha um plano específico e que seja definida como prioridade de intervenção nacional. O PSD Algarve continuará em todos os espaços de intervenção a fazer por isso.»