O alerta é deixado por Maria João Bebiano, directora do Centro de Investigação Marinha e Ambiental (CIMA) da Universidade do Algarve, em entrevista ao jornal Público.
Segundo um estudo levado a cabo por investigadores deste centro, a análise das águas algarvias revelou vestígios de medicamentos, que por sua vez são consumidos por peixes.
A investigadora alertou para esta problemática dizendo que o impacto dos fármacos no meio ambiente chega a ser pior do que o do plástico, devido aos compostos químicos de alguns deles.
Em Portimão, por exemplo, foram registados altos valores de Prozac, um medicamento ministrado para a depressão e ansiedade.
A região de Sagres é, de acordo com Maria João Bebiano, a que se encontra em situação mais crítica, uma vez que as amostras permitem prever «uma situação explosiva» no futuro.